Banco Essi, do Grupo Espírito Santo, abandonou a corrida à aquisição dos créditos do Estado sobre a Torralta, deixando assim caminho livre à Sonae para a viabilização da empresa. O acordo entre os dois grupos foi conseguido na madrugada de hoje, após várias horas de negociações. Recorde-se que os créditos em causa representam cerca de 80% do poder do Estado sobre a empresa e estão avaliados em cerca de vinte milhões de contos. Entretanto voltam à Torralta os fantasmas dos salários em atraso, já que os cerca de quinhentos trabalhadores continuam à espera de receber o ordenado de Dezembro.
Joaquim Pires, da Federação de Sindicatos da Hotelaria e dirigente da Comissão de Trabalhadores da Torralta, está preocupado com os salários em atraso visto que o Governo ainda não desbloqueou as verbas do Fundo de Turismo. Em declarações ao “Setúbal na Rede” o sindicalista considerou ainda importante para o futuro dos trabalhadores a resolução do problema dos créditos porque poderá significar o desbloqueamento dos salários em atraso.
Quanto à notícia que indica a aquisição dos créditos por parte da Sonae, Joaquim Pires considera este facto positivo já que poderá vir a resolver o processo de recuperação e, ao mesmo tempo, clarificar a situação da Torralta e o seu futuro. Agora, o dirigente sindical só pede que a recuperação seja rápida, sem prejudicar os postos de trabalho e respeitando o plano social para a empresa.


![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |