[ Edição Nº 34 ] – 'Arrumações' no Vitória de Setúbal.

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          José Sousa e Silva foi escolhido para presidir ao Conselho de Administração das Sociedade Anónima Desportiva do Vitória de Setúbal, uma escolha feita por unanimidade na Assembleia Geral de dia 17. O nome de Sousa e Silva não constava na lista de personalidades previamente elaborada para representar o Vitória na SAD, o que é explicado por este responsável com os pedidos vindos do seio da própria direcção, e que acabou por aceitar pelo facto de se tratar de uma escolha de consenso.           Com Sousa e Silva na presidência, a SAD do Vitória mantém Paula Costa na vice-presidência, em representação da Câmara de Setúbal, e conta com os nomes de Frederico Nascimento, José Dias Pereira e Paulo Santos na administração.

          Encarando com naturalidade o facto do presidente do Vitória ser também o presidente da SAD, Sousa e Silva garantiu ao “Setúbal na Rede” que a nova equipa da SAD está unida em torno do trabalho a desenvolver no futuro e adiantou que a antecipação da Assembleia da Sociedade Anónima deu resultados positivos, tendo em conta que para este responsável “foi ganho um mês de trabalho, sendo que estão já criadas as condições para optimizar os meios existentes”.

          Ainda de acordo com Sousa e Silva, as prioridades dizem respeito à definição da própria SAD, enquanto sociedade comercial, e por isso avançou já com um estudo de viabilidade. Daí a decisão de pagar apenas o ordenado mínimo aos administradores, uma situação que só poderá ser alterada quando for provada a viabilidade económica da SAD.

          Vitória maioritário na SAD
          A primeira reunião de trabalho entre a nova direcção do Vitória e o novo conselho de administração da SAD resultou na aquisição, por parte do Vitória, dos 30% do capital destinado aos sócios e que estavam na posse de três fiéis depositários. O capital corresponde a 60 mil acções no valor de 60 mil contos. A aquisição coloca o Vitória como sócio maioritário, com 60% do capital, contra os 40% da Câmara de Setúbal.           No entanto a situação é provisória, garantiu o presidente do Vitória, já que a lei que rege as sociedades comerciais não permite que sejam regidas por menos de 5 sócios durante um período superior a seis meses. Mas a ideia do clube não é ficar com as acções, mas sim encontrar condições para as colocar à disposição dos sócios que as queiram adquirir.

          No que diz respeito à situação do clube, o presidente afirma que já começou a ‘arrumar a casa’, tendo tomado medidas para proceder à resolução das dívidas da SAD, no valor de 80 mil contos. Estas verbas dizem respeito a dívidas a jogadores, à equipa técnica e a despesas gerais de funcionamento da SAD. Feito este primeiro pagamento, Sousa e Silva diz que a Sociedade Anónima não tem dívidas em mora, prevendo-se que a regularização da situação financeira seja feita a curto prazo.

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