Edição Nº 37, 14-Set.98
UDP organizou convívio em Venda do Alcaide
Para divulgar estratégias do novo ano político
O secretário geral da UDP, Luís Fazenda, esteve no dia 13 em Palmela para um encontro com militantes e simpatizantes. O convívio que marcou o ressurgimento deste partido nas novas batalhas políticas, serviu também para traçar os objectivos imediatos da União Democrática Popular.
“Denunciar as tentativas de aprovação do novo pacote laboral, altamente lesivo para os trabalhadores, combater o desemprego, captar o interesse dos eleitores jovens, lutar pela regionalização e voltar a ter deputados no parlamento”, são alguns dos objectivos da UDP, segundo o secretário geral daquele partido que no dia 13 reuniu com cerca de uma centena de militantes e apoiantes do distrito.
Em declarações ao “Setúbal na Rede”, Luís Fazenda classificou o encontro com militantes como uma forma de “estreitar laços, trocar impressões e confirmar prioridades de acção”, prioridades que este ano vão para três matérias consideradas pela UDP como de grande importância para o país.
A divisão administrativa do país está no topo da lista, até porque a UDP já disse sim à regionalização por considerar este processo “importante para a democratização das instituições”. Também no topo da lista está a ‘guerra’ contra a proposta do Governo para a revisão da lei laboral que, segundo Luís Fazenda, “não passa de mais uma tentativa de fazer política para os empresários e contra os direitos fundamentais dos trabalhadores”.
Por considerarem necessário combater a actual política governamental, os dirigentes da UDP decidiram ainda lançar uma campanha denominada “contra os novos liberalismos”, uma campanha que segundo Luís Fazendas, “pretende combater as actuais políticas de direita com as suas alianças entre o PS e o PSD”.
Ainda este ano a União Democrática Popular pretende lançar um conjunto e cartazes e prospectos contra o desemprego e as questões fiscais. Nesse sentido serão afixados cartazes sobre aquilo a que a UDP chama de “injustiça fiscal”, ou seja, “os ricos não pagam impostos, a banca não paga impostos e quem os paga é quem trabalha para viver”, adianta Luís Fazenda.
Quanto ao reforço das fileiras da UDP, este responsável diz estar convicto de que “vamos conseguir o interesse do eleitorado descontente e reunir toda a esquerda em volta de um ideal”. E esse ideal, segundo o secretário geral da UDP, passa também por encher as fileiras com militantes jovens e ter representação no parlamento como resultado das próximas eleições legislativas.