[ Edição Nº 42 ] – Alentejo vai ter Fundo Regional de Investimento.

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barra-4988686 Edição Nº 42,   19-Out.98

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Num processo liderado por Augusto Mateus
Alentejo vai ter Fundo Regional de Investimento

           O Conselho de Gestão do PROALENTEJO, uma entidade criada por instituições governamentais e autarquias com o objectivo de captar fundos e investimentos e aprovar projectos, vai mandar elaborar um estudo prévio com vista à implementação de um Fundo Regional de Investimento. A elaboração do estudo, que será liderado pelo ex-ministro da Economia, Augusto Mateus, foi decidida na última reunião do Conselho de Gestão do PROALENTEJO liderado pelo presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Rogério de Brito.

          A elaboração do estudo, adjudicada a uma equipa de especialistas liderada por Augusto Mateus, foi avançada ao “Setúbal na Rede” pelo próprio presidente do Conselho de Gestão, Rogério de Brito, que garantiu tratar-se do primeiro passo para a criação do Fundo Regional de Investimento. Para este responsável, trata-se de “um fundo de capital de risco”, que pretende avançar com investimento qualificado e ajuda financeira a projectos de qualidade que visem “a promoção do tecido empresarial e sócio cultural da região”.

          Rogério de Brito diz ainda acreditar que o estudo, que deverá estar concluído em Janeiro de 1999, vai funcionar como um instrumento de trabalho e um dos instrumentos “estruturantes” do próximo Quadro Comunitário e Apoio, possibilitando aos membros do Conselho de Gestão – constituído por um vasto conjunto de entidades como as autarquias, a Comissão de Coordenação Regional do Alentejo, os ministérios da Agricultura, das Pescas, da Economia do Emprego e do Ambiente – a identificação das possibilidades de investimento e em que áreas serão mais necessários para permitir um desenvolvimento integrado do Alentejo.
          Questionado sobre a origem das verbas do futuro Fundo Regional, Rogério de Brito garantiu que terão de surgir de entidades como o Banco Europeu de Investimento e de outras entidades bancárias que se dispuserem a participar. Considerando prematuro falar em eventuais graus de aceitação da proposta por parte da banca, Rogério de Brito diz-se, no entanto, convicto que “vale a pena investir no Alentejo e no seu progresso”.
          E um dos investimentos que o PROALENTEJO conta fazer, diz exactamente respeito à promoção de projectos credíveis “sejam de que sector forem” que visem a potenciação das capacidades da região, nomeadamente ao nível da indústria, do ambiente, do turismo e do património histórico e arquitectónico, avança ainda Rogério de Brito.           Mas enquanto o Fundo Regional de Investimento não surge, o PROALENTEJO pretende continuar a investir nos concelhos alentejanos, por isso aprovou na reunião de 13 de Outubro, um conjunto de medidas, orçadas em cerca de um milhão de contos, que visam o apoio ao património e às tradições das vilas alentejanas, bem como a promoção de emprego e a formação profissional de jovens licenciados, o que, de acordo com as decisões tomadas na reunião, implica a procura de novas formas de integração profissional destes novo capital humano.

          ‘Master Plan’ para Sines
          A Associação Porta Atlântica (APA), formada este ano pelas autarquias de Sines e Santiago do Cacém, as grandes empresas que operam naqueles concelhos e as entidades oficiais ali representadas, decidiu na sua primeira reunião formal realizada no dia 12 de Outubro, mandar elaborar um ‘Master Plan’ para a denominada Área de Influência do Complexo de Sines que inclui o concelho de Santiago do Cacém.

          A novidade foi avançada ao “Setúbal na Rede” pelo recém eleito presidente do Conselho Executivo da associação, Albertino Santana, que garantiu tratar-se de um plano estratégico para o desenvolvimento da zona “para sabermos o que é que queremos desta região, e depois agirmos em conformidade”.

          Segundo o presidente da APA, representante da PGS/Produção e Gestão da Área Industrial de Sines, o projecto deverá estar pronto no primeiro trimestre de 1999, altura em que, de acordo com as directivas traçadas, “começará a trabalhar no sentido de captar investimentos para os municípios em causa”.
          Para já, o que se sabe é que, seja para onde for que o estudo aponte os investimentos prioritários, o certo é que Albertino Santana garante que as candidaturas aos respectivos financiamentos serão feitas através do programa PROALENTEJO, precisamente por ser uma instituição de gestão de fundos, bem como de aprovação de projectos locais, virada para a realidade e para as necessidades dos alentejanos.

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