Edição Nº 48, 30-Nov.98
Câmara de Setúbal aprovou
Plano Municipal de Emergência
Depois de mais de um ano de preparação, o Plano Municipal de Emergência de Setúbal entrou em funcionamento no dia 25 de Novembro, um dia depois de aprovado em sessão de Câmara. Para o Comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal e um dos responsáveis pela elaboração do documento, a cidade de Setúbal está agora mais protegida contra qualquer calamidade.
“O esforço de colaboração entre todas as entidades civis, desde a EDP à companhia das águas, passando pelas juntas de freguesia e pelas forças policiais” resultou na elaboração de um plano pormenorizado de emergência e de actuação junto das populações “no sentido de coordenar todos os meios e capacidades para salvar vidas e proteger os bens”.
A afirmação é de Rafael Rodrigues, Comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, um dos responsáveis pela elaboração do Plano de Emergência e um dos principais protagonistas do desenrolar das operações de coordenação de todos os meios em caso de catástrofe ou acidente grave.
E em Setúbal, de acordo com este responsável, as situações de risco são “significativas”, particularmente no que diz às zonas de leito de cheias, à zonas urbanas de difícil acesso (nomeadamente na parte antiga da cidade, onde os bombeiros dificilmente podem entrar em caso de acidente), aos riscos relacionados com a actividade sísmica e aos acidentes que podem ocorrer em zonas altamente industrializadas como é o caso da zona marginal da cidade.
Rafael Rodrigues garantiu ao “Setúbal na Rede” que, através deste plano de coordenação de meios e de agentes da protecção civil, os bombeiros e a autarquia estão capacitados para “dirigir” as operações de todos os intervenientes no processo de ajuda às populações, por forma a “garantir a vida e os bens” dos cidadãos, quer em caso de acidentes naturais quer em caso de acidentes industriais.
Por isso, o Comandante dos Sapadores referiu a importância da participação de “diversas entidades da sociedade civil, entre as quais as juntas de freguesia, que conhecem bem os problemas da área onde estão implantadas”. Convicto de que este plano é um “instrumento legal fundamental” para os trabalhos em conjunto com as outras entidades, Rafael Rodrigues afirma-se satisfeito com as várias vertentes do documento que pretende pôr em prática no primeiro trimestre de 1999, através de “um simulacro de um sismo de grau 4,5 na escala de Richter”.
E para que tudo funcione, Rafael Rodrigues vai apenas referir o mês em que decorrerá a operação, “para perceber de que maneira reagem os diversos intervenientes a um acontecimento imprevisto”. Esta é a forma encontrada pelo Comandante dos Sapadores para “testar as capacidades deste plano”, um teste que contará ainda com a comunicação social, “enquanto meio privilegiado para fazer passar a mensagem das regras a seguir durante uma catástrofe”.