Edição Nº 52, 28-Dez.98
Já a funcionar no Seixal
Centro de Acolhimento de Menores em Risco
Maria José Ritta, esposa do Presidente da república, esteve no concelho do Seixal para presidir à inauguração do Centro de Acolhimento para Menores em Risco, na Arrentela. Um projecto que engloba 24 parceiros sociais e que tem como objectivo ser uma “casa de meio caminho” para todas as crianças. O Centro de Acolhimento Para Menores em Risco “Janela Aberta”, entrou em funcionamento no dia 21 de Dezembro, tendo por madrinha Maria José Ritta, que assistiu ainda à assinatura dos protocolos de cooperação entre a entidade promotora do Centro de Acolhimento, a Cooperativa de Solidariedade Social “Pelo Sonho é que Vamos”, e os respectivos 24 parceiros sociais.
Para o presidente da autarquia, Alfredo Monteiro, tratou-se de “um acto exemplar por reunir tantos parceiros que representam a vontade e o querer”, num ideal que, segundo Alfredo Monteiro, está presente através do apadrinhamento deste projecto por Maria José Ritta,“que tem sensibilizado a sociedade para os problemas dos cidadãos e, principalmente das crianças”.
Este projecto de âmbito municipal custou 36 mil contos e recebe apoio da autarquia, das juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social, do Centro de Saúde do Seixal, Hospital Garcia de Orta, Segurança Social e de outras instituições sediadas no concelho. O Centro tem capacidade para receber um máximo de doze crianças até aos dez anos, encaminhadas pelo Tribunal, pela Comissão de Protecção de Menores, pela Segurança Social ou por outras instituições nesta área. O Centro de Acolhimento irá funcionar 24 horas por dia e será um local de transição onde, no período máximo de seis meses, uma equipa técnica irá definir o projecto de vida da criança, procurando a solução mais adequada para cada caso, desde a adopção ao regresso à família biológica, que constitui sempre a solução prioritária. De referir que a Cooperativa “Pelo Sonho é que Vamos”, responsável por este projecto de acolhimento, nasceu na sequência de uma acção de formação de amas de creche familiar. Face às dificuldades de trabalharem por conta própria, as formandas decidiram avançar, no final do curso, com o projecto de constituição de uma cooperativa. O resultado foi a implementação de uma creche na Arrentela, frequentada por crianças dos bairros da Quinta do Cabral e Boa Hora. Daí surgiu a criação do Centro de Acolhimento de Menores em Risco, que agora passa a funcionar nas Farinheiras, em Paio Pires.
Maria do Carmo Lopes
