[ Edição Nº 52 ] – AVISO À NAVEGAÇÃO por Rogério Severino.

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barra-8356089 Edição Nº 52,   28-Dez.98

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AVISO À NAVEGAÇÃO !!
por Rogério Severino (Jornalista do “Jornal de Notícias” e
membro eleito do Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas)

Neo-liberalismo e maçonaria: o dilema de Guterres
Setúbal: concelho-piloto

           O Primeiro-Ministro, na sua breve Mensagem de Natal, mostrou grande preocupação pelos efeitos do neo-liberalismo. No entanto e devido a conflitos de facções no interior do seu próprio Partido, está perante um dilema. Sendo próximo da Opus Dei não tem mostrado ser capaz de reduzir a influência da Maçonaria. E, no caso de Setúbal, cidade-piloto dominada pela Maçonaria, perdeu mesmo a aposta e se vier a ganhar as eleições no próximo ano, os ‘pedreiros’ vão-lhe cobrar a factura.           O neo-liberalismo é uma nova forma de liberalismo que concede ao Estado a intervenção muito reduzida nos assuntos económicos. Se, para se apresentar como moderado, o Governo do PS pretendeu reduzir a força do Estado na sociedade portuguesa, procedendo ao pouco que restava das nacionalizações e abrindo ao capital privado diversas empresas públicas, incluindo a banca, o Primeiro-Ministro está agora a sentir os reflexos. Talvez a sua intenção fosse de não deixar o Estado perder a sua força, mas a conjuntura económica ultrapassou-o e hoje vem-se queixar de que o Estado pode estar a perder o controle da sociedade. Na verdade quando tal acontece os trabalhadores, que continuam a ser a força produtiva, são as principais vítimas de uma sociedade onde o Estado intervém cada vez menos deixando à iniciativa privada a imposição das regras. Hoje, Guterres está a ser vítima da sua própria política e principalmente da força da Maçonaria no interior do PS.           Ao nosso País em geral, e a Setúbal em especial, não traria quaisquer preocupações se o ideal maçónico fosse respeitado na sua pureza. Sendo a fraternidade e a filantropia, a elevação pessoal e espiritual do Homem e a luta pela sua liberdade os objectivos maçónicos, ninguém se negaria a segui-los; pela nossa parte sempre nos afirmámos como defensores desses princípios e os que os respeitam são os verdadeiros maçons (pedreiros-livres) e foi com esse espírito que surgiu a sua luta durante a Revolução Francesa.           Fraternidade e filantropia, quem não defende? Seriam estes princípios que António Guterres pensava que os seus camaradas de Partido defendiam, só que, como em tudo, os ideais podem ser puros mas o que há é impuros a reivindicarem-se de maçons e daí que a base da proliferação do neo-liberalismo no nosso País tenha o patrocínio da Maçonaria que, ao contrário do respeito pelos seus puros princípios, está no nosso País a influenciar política e economicamente e é por isso que as Grandes Lojas estão a ser ‘poluídas’ com toda uma série de oportunistas e jagunços, aceites no seio maçónico, mas que mais não fazem do que trair os princípios.           A demonstração mais cabal do que de nefasto têm os traidores dos princípios maçónicos, indignos de usarem o triângulo de pedreiro e o compasso de arquitecto, é o que se passa em Setúbal, que foi escolhida como cidade-piloto para as mais diversas experiências e onde se encontram na maior parte os espúrios.           Desde a Grande Loja Regular de Portugal, ao Grande Oriente Lusitano, passando pela recente Grande Loja Legal de Portugal, em Setúbal dominam e minam a sociedade com as suas influências na política local a todos os níveis, na banca, no futebol e sobretudo na comunicação social. Os habitantes do Concelho (Setúbal e Azeitão) não se apercebem, por desconhecimento, de que todos os jogos de política e economia passam pelas decisões dos espúrios maçónicos que, ao invés de praticarem a fraternidade e a filantropia, qualidades que não têm, sentem-se bem a conspurcar os princípios das Lojas a promoverem amigos, a criarem ‘boys’, a usarem influência política e económica. Em Setúbal nada se faz sem que os ‘pedreiros’ aprovem e, por conseguinte, tudo o que parece… é. E já fazem imperar o medo a quem lhes faz frente, já fazem ameaças, através de jagunços, a quem está disposto a revelar a traição de princípios. Não gostam de ser enfrentados com a verdade. Estão a todos os níveis, desde os mais altos aos intermédios.           Se o Primeiro-Ministro for capaz de analisar a situação de Setúbal, cidade-piloto da Maçonaria, então perceberá até que ponto os maus espíritos destes maus maçons estão espalhados. E a nível nacional as tendências neo-liberais foram-se acentuando devido a que nos lugares de decisão também estão ‘irmãos’ que deturpam os princípios maçónicos, razão pela qual o termo de Guterres da elevada dimensão do neo-liberalismo tem a ver com a propagação da influência maçónica, é directamente proporcional.

          Partilhamos das preocupações do Primeiro-Ministro e para diminuir as consequências nefastas do neo-liberalismo há que apelar aos Grão-Mestres das três Lojas que façam a nível nacional uma acção de purificação, através de pranchas autocríticas, pois só com uma ‘desratização’ é possível fazer regressar a pureza ao ideal maçónico, que hoje actua como ‘lobby’. O neo-liberalismo é directamente proporcional à influência dos maçons impuros e que se querem servir dessa condição para aumentar a sua influência.

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