[ Edição Nº 100] – Incêndio no Continente do Seixal levanta dúvidas sobre segurança.

0
Rate this post

Edição Nº 10029/11/1999

Incêndio junto ao Continente provoca receios
Protecção Civil e bombeiros temem segurança

          O incêndio ocorrido no dia 19 de Novembro, num dos restaurantes anexos ao Continente do Seixal, teve o ‘condão’ de levantar uma série de dúvidas quanto aos aspectos da segurança e protecção dos milhares de cidadãos que usufruem aquela área. Por essa razão, o vereador do pelouro da Protecção Civil da Câmara do Seixal, Ricardo Ribeiro, reuniu no dia 25 com o comandante Freire da Silva, dos Bombeiros Voluntários do Seixal, a corporação que debelou o sinistro.

Embora não queira avançar os tipos de dúvidas e problemas levantados na sequência do incêndio e confirmadas na reunião com o comandante dos bombeiros, por considerar “prematuro falar antes de trocar impressões” com a empresa que gere os espaços onde estão implantados os restaurantes, o vereador admite que terão mesmo sido detectados problemas de segurança.

Por isso, os receios da autarquia e dos bombeiros locais foram colocados na mesa da reunião de dia 25, tendo os dois responsáveis decidido que, “antes de mais o que é preciso é esclarecer as questões para poder resolver eventuais problemas“, adiantou o vereador da Protecção Civil.

Segundo o

“Setúbal na Rede” apurou junto de fonte da corporação seixalense, os bombeiros ter-se-ão deparado com algumas dificuldades ao nível das condutas do ar e da instalação eléctrica. Quem também está preocupado com as possíveis consequências de um incêndio violento naquele complexo, é o sub-inspector regional de bombeiros de Lisboa e Vale do Tejo, Alcino Monteiro Marques.

No entanto, quando questionado pelo

“Setúbal na Rede” quanto ao grau de segurança daquela zona comercial, diz-se convicto de que, há cerca de seis anos, quando o complexo abriu “observava as condições exigidas“, caso contrário a Inspecção Regional “não teria dado parecer positivo“.

Por isso, se actualmente se verificar alguma falta de segurança a questão estará mais ao nível da “manutenção das condições”, adianta o sub-inspector, já que “as vistorias à posteriori não são muito frequentes“. E Alcino Marques diz mesmo não ter tido notícia de qualquer vistoria àquele complexo depois da sua inauguração, há seis anos, uma inauguração que foi marcada pelo abatimento da cobertura do edifício.

Embora garanta serem as vistorias uma “obrigação” da Inspecção Regional dos Bombeiros, o sub-inspector admite que “não existem” efectivos suficientes para tais funções e muito menos “qualquer denúncia sobre irregularidades“. Mas como acredita que este serviço “é fundamental“, Alcino Marques veria com bons olhos o reforço dos efectivos na região, com vista à criação de equipas de vistorias periódicas a todos os estabelecimentos abertos ao público.

[email protected]