[ Edição Nº 100] – Câmara de Alcochete quer respostas urgentes sobre incinerador de armamento previsto para o concelho.

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Alcochete quer respostas sobre o incinerador
Sob pena de criar ‘lobby’ contra a decisão oficial

          O presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Miguel Boieiro, diz que está farto de esperar pela resposta do Ministério da Defesa ao pedido de explicações que a autarquia enviou há mais de duas semanas. Por isso adianta que, se até ao final da semana não obtiver uma explicação sobre o incinerador, vai contactar os municípios vizinhos para juntar esforços e esclarecer o assunto.

Criar um grupo de pressão em conjunto com os presidentes das câmaras de Palmela e Montijo para esclarecer as intenções do Governo de construir o incinerador de armamento militar e “lutar contra ele” se for considerado lesivo para as populações, é a ameaça feita pelo presidente da Câmara de Alcochete, Miguel Boieiro, caso o Ministério da Defesa não esclareça os alcochetanos sobre as suas intenções.

A decisão foi avançada ao

pelo edil Miguel Boieiro, que se diz “farto de esperar” pelas explicações do Ministério da Defesa, quanto ao projecto de construção do incinerador junto à fábrica de explosivos Extra, numa área de corredor entre duas reservas naturais e próxima de um aglomerado populacional.

Não se manifestando, para já, totalmente contra a implementação do incinerador por desconhecer por completo os contornos do projecto, Miguel Boieiro sempre vai dizendo que a autarquia continua preocupada com as populações em redor e com a preservação do meio ambiente.

Uma preocupação que se deve “exclusivamente” ao facto da Câmara não dispor de qualquer dado sobre o assunto, uma vez que o Governo “anda a fazer caixinha”, adianta Miguel Boieiro. Uma acusação secundada pelo executivo da autarquia, que na última sessão pública aprovou uma moção lamentando a atitude do executivo central, que classifica de “irresponsável” face à importância do assunto em causa.

A posição do executivo alcochetano, liderado pelo comunista Miguel Boieiro, foi tomada na mesma sessão em que acabou aprovada, por unanimidade, o processo relativo à adaptação das instalações desactivadas da fábrica Extra, com vista à implementação, no local, da fábrica da SPEL – Sociedade Portuguesa de Explosivos.

A aprovação das obras de adaptação na fábrica que está instalada nos terrenos que irão receber a incineradora de armamento militar, baseou-se nos pareceres favoráveis da Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCRLVT) e dos técnicos da própria autarquia, uma vez que o local é apontado no PDM como uma área urbanizável ou industrial.