Edição Nº 101 • 06/12/1999 |
Protecção Civil do Seixal alerta Afinal, a corporação dos Bombeiros Voluntários do Seixal tinha razões para suspeitar de irregularidades no sistema de segurança que serve o restaurante que no dia 19 de Novembro foi vitimado por um incêndio. E de acordo com as indicações oficiais, a falha mais grave residiu na falta de evacuação dos clientes do centro comercial, uma ordem que devia ter sido dada ao primeiro sinal de sinistro pelos seguranças que prestam serviço no local. A constatação do comandante dos Bombeiros Voluntários do Seixal, explanada no relatório onde constam todas as outras falhas do sistema de segurança detectadas no centro comercial Continente, foi levada a uma reunião com o responsável pela empresa que gere o espaço do centro comercial, tendo os bombeiros e o vereador do pelouro da Protecção Civil, Ricardo Ribeiro, feito um conjunto de exigências no sentido de ultrapassar o problema. No documento é ainda referida a falta de uma câmara de visita numa das condutas de extracção de fumos, para fazer a limpeza daquele espaço, e a acumulação de sujidade na segunda conduta, o que levou à expansão dos fumos causados pelo incêndio em quase toda a área do centro comercial. Uma situação que deixa o vereador preocupado porque acredita que, se os bombeiros não tivessem debelado imediatamente o incêndio, “talvez se tivesse criado uma situação dramática”. As conclusões finais dos voluntários foram confirmadas ao “Setúbal na Rede” pelo vereador da Protecção Civil, Ricardo Ribeiro, depois da reunião com o responsável pela empresa, que diz ter aceite todas as exigências impostas no sistema de segurança. Satisfeito com “a postura aberta” da empresa em causa para as melhorias a implementar no sistema de segurança do centro comercial do Continente, Ricardo Ribeiro adianta que o próximo passo “para evitar eventuais catástrofes” num local frequentado diariamente por milhares de pessoas, será o ‘ensaio’ da aplicação das medidas impostas pela Protecção Civil. Esse ensaio, que envolverá uma prospecção às condições de segurança em todo o complexo, poderá ocorrer já no início de Janeiro com a participação das autoridades ligadas à Protecção Civil e os técnicos responsáveis pelo sistema de segurança do empreendimento. |