Para conhecer o património rural do concelho
Câmara de Montijo encomenda estudo
A partir do próximo ano, o concelho de Montijo poderá dispor de dados sobre a sua história e evolução, nomeadamente ao nível do trabalho rural, das tradições das gentes do campo e da cultura das comunidades ligadas à terra. O primeiro passo foi dado no dia 2 de Dezembro, com a assinatura de um protocolo entre a autarquia e o Instituto de História Regional e do Municipalismo, da Faculdade de Letras de Lisboa.
Proceder ao levantamento total do património rural do concelho, quer ao nível das técnicas, das alfaias e das tradições, quer no que toca à evolução do tipo de relações de trabalho, é o objectivo das pesquisas a desenvolver pelos especialistas do Instituto de História Regional e do Municipalismo que andam no terreno desde o início de Novembro.
A ideia deste levantamento é “juntar o máximo de dados” com vista à elaboração de “um estudo aprofundado” sobre as origens e a evolução do concelho de Montijo, cujo maior património rural se encontra nas freguesias de Pegões e Canha.
Quem o diz é o vereador do pelouro da Cultura, Miguel Cardoso, que adiantou ao
“Setúbal na Rede” servir ainda este levantamento para “saber da necessidade de espaço para a criação de um novo museu agrícola” que irá substituir o existente na Atalaia e “cujo espaço é insuficiente para mostrar tudo o que o concelho tem”.
Este estudo irá juntar-se aos levantamentos a realizar pelo Instituto de Arqueologia Industrial e pelos técnicos de ambiente da Universidade Nova de Lisboa, com quem a autarquia também já estabeleceu protocolos. A ideia é “tirar um retrato completo” do concelho e das suas populações, uma vez que sem o conhecimento prévio da sua origem e evolução, “torna-se difícil definir estratégias para o futuro”, acrescenta o vereador.
Mas o protocolo assinado no dia 2 de Dezembro parece não se limitar ao levantamento da história e do património rural do concelho de Montijo, uma vez que, de acordo com Miguel Cardoso, foram ainda assinados acordos de colaboração que irão permitir ao Instituto de História Regional a promoção de acções de formação especializadas ou de reciclagem para técnicos da autarquia não licenciados.