[ Edição Nº 102] – Câmara do Montijo apresenta alternativa à ponte de Sarilhos.

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Com uma proposta de acesso rodoviário
Montijo rejeita ponte de Sarilhos

          A presidente da Câmara Municipal de Montijo apresentou oficialmente uma alternativa à reconstrução da ponte que liga uma freguesia daquele concelho a uma freguesia do concelho da Moita. A proposta surgiu cinco meses depois do embargo, por parte da autarquia montijense, das obras de reconstrução e alargamento da ponte que estavam a ser efectuadas pela edilidade moitense. O documento, a que o presidente Câmara da Moita ‘torce o nariz’, será posteriormente alvo de discussão entre as duas autarquias.

Duas ligações rodoviárias entre as freguesias de Sarilhos Grandes, no Montijo, e Sarilhos Pequenos, na Moita, em alternativa à reconstrução da ponte de Sarilhos, é a proposta da Câmara de Montijo que prevê um outro local para a travessia, de modo a não prejudicar o ambiente e defender a mobilidade das populações. A proposta, apresentada em conferência de imprensa no dia 7 de Dezembro, visa ainda a reconstrução da antiga ponte como uma passagem pedonal e de velocípedes.

São características que, de acordo com a presidente da autarquia, Maria Amélia Antunes, diferem da proposta da autarquia moitense que prevê uma estrada de betão, na antiga ponte, permitindo a passagem a veículos com peso até 3500 kg sem contemplar o transporte colectivo. Um factor que a autarca do Montijo considera deficiente, pois “uma nova passagem sem transporte colectivo não tem lógica porque não se está a pensar nas pessoas impossibilitadas de terem veículo próprio”.

A proposta apresentada à comunicação social foi ainda enviada à Câmara Municipal da Moita, onde segundo o presidente João Almeida “será analisada e discutida” para depois ser “motivo de conversa” entre os dois municípios, de forma a “poder haver acordo quanto a este assunto”. Embora admita ter um conhecimento geral do documento, João Almeida afirma estar “muito longe das intenções iniciais, pois não se pretendia nada desta envergadura”.

Já para Maria Amélia Antunes, esta nova proposta apresenta-se como a mais lógica, pois afirma que as aspirações da Câmara da Moita “não garantem as boas condições de mobilidade das populações, a preservação do ambiente e a qualidade de vida dos habitantes”. Questionada sobre o envio da mesma proposta à Comissão Pró-Ponte, a autarca esclareceu que o documento seguiu apenas para a autarquia da Moita porque esta situação “só pode ser resolvida por quem tem legitimidade”.