Edição Nº 103 • 20/12/1999 |
Estudos avançam para a localização da ETRI A estação de tratamento de resíduos industriais tóxicos já não vai para o Barreiro mas tudo indica que poderá ser construída no distrito. O Governador Civil garante a realização de estudos sobre a melhor localização e adianta que a região continua a ser uma forte hipótese. Até porque, segundo refere, Setúbal é um dos maiores produtores de lixo industrial do país. A decisão da Scoreco, de não construir no Barreiro a estação de tratamento de resíduos industriais (ETRI) para os lixos a co-incinerar em cimenteiras não surpreende o Governador Civil de Setúbal, Alberto Antunes, uma vez que também defende a não instalação do equipamento na Quimiparque por se tratar de “uma área mais virada para os serviços do que para a actividade industrial”. No entanto, o Governador admitiu ao “Setúbal na Rede” que a instalação do equipamento poderá ficar região, uma vez que em conjunto com Lisboa, o distrito de Setúbal produz 50% dos lixos industriais perigosos de todo o país. E embora considere “extemporâneo” falar sobre futuras localizações, já que “nada ainda foi estudado”, sempre vai dizendo que não pode garantir que a escolha não venha a recair sobre o distrito, onde existem locais “com condições”, passíveis de integrar esse tipo de infra-estrutura. Com a polémica questão da co-incineração e dos respectivos sistemas de tratamento na agenda, Alberto Antunes recorda que a questão fundamental está por resolver porque “primeiro é preciso ver se haverá ou não co-incineração”. Para isso foi criada uma comissão científica, a quem cabe uma opinião técnica sobre a matéria e a partir daí é que se entrará num “processo complexo de análise sobre as opções”, recorda o Governador. Seja com for, o representante do executivo central no distrito alerta para o que considera ser actualmente uma situação inquestionável: “a existência de resíduos industriais no distrito em largas quantidades e a contaminar os lençóis freáticos”, razão pela qual se torna urgente tratá-los. |