Edição Nº 53, 04-Jan.99
Governo dá 200 mil contos a Grândola
Para recuperar as praias do concelho
A ministra do Ambiente, Elisa Ferreira, esteve em Grândola no dia 29 de Dezembro, para presidir à assinatura de um Contrato Programa com a autarquia, no sentido de recuperar e valorizar as praias do concelho. O projecto tem um custo total de 266 mil contos, sendo que 200 mil são financiados pelo Estado e os restantes sairão do bolso da autarquia. Iniciado em 1996, com a demolição de mais de 200 habitações clandestinas na praia de Melides, este plano de recuperação conhece agora a segunda fase, cujo lançamento está inscrito no Contrato Programa assinado entre Elisa Ferreira, o Instituto da Água, a Direcção Regional do Ambiente do Alentejo e a Câmara Municipal de Grândola. Criado ao abrigo do recém aprovado Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), este processo de reconversão das praias conhece agora a segunda fase, que pretende a implementação de planos de praia, como acessos pedonais e viários, áreas de estacionamento e a demolição de mais de uma centena de clandestinos nas praias do Pego, Carvalhal e Comporta. Nesta última, foram efectuadas as demolições exactamente no dia da visita da ministra do Ambiente. Os trabalhos prolongam-se até ao final do ano, mas a autarquia espera que algumas praias estejam prontas a tempo da próxima época balnear. E estes melhoramentos nas praias de Grândola poderão ainda ser o trampolim para a tão esperada candidatura do município à bandeira azul de qualidade das praias.
É que, segundo Joaquim Gonçalves, o assessor do presidente Fernando Travassos, até agora a Câmara apenas candidatou algumas praias de Tróia e a praia da Aberta Nova à bandeira azul, por saber que “as outras ainda não cumpriam os requisitos exigidos” pela Comissão Internacional da Bandeira Azul, nomeadamente no que toca às infra-estruturas e aos apoios de praia.
Segundo o assessor do presidente da Câmara de Grândola contou ao “Setúbal na Rede”, são muitas as expectativas à volta dos resultados da aplicação dos planos de recuperação das praias, porque as melhorias deverão traduzir-se no aumento do número de turistas que todos os anos acorrem às praias deste concelho do litoral alentejano.