[ Edição Nº 54 ] – Modernização do comércio tradicional em Setúbal.

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barra-3905084 Edição Nº 54,   11-Jan.99

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PROCOM de Setúbal foi apresentado
“É preciso acabar com a fase da vitimização”

           Durante a cerimónia de apresentação do Programa de Reabilitação do Comércio, PROCOM, que decorreu no dfia 8 de Janeiro, em Setúbal, os comerciantes queixaram-se de “asfixia” do pequeno comércio e o secretário de Estado, Osvaldo de Castro, em jeito de resposta, disse que “é preciso acabar com a fase de vitimização dos comerciantes” e começar a dirigir a sua lutam não contra os hipermercados, mas para “a fidelização dos clientes”.

          Osvaldo Castro esteve em Setúbal para a apresentação pública do Projecto Global do PROCOM para a baixa comercial, um projecto que mereceu os elogios do secretário de Estado. De acordo com este responsável, é de elogiar o empenhamento da Câmara de Setúbal e da Associação de Comércio e Serviços do Distrito, pois “não pode haver uma verdadeira intervenção comercial sem que a receptividade dos interessados seja uma realidade”. E a avaliar pela sala cheia de comerciantes interessados nas explicações, tudo leva a crer que assim será.

          “As câmaras municipais perceberam que as alegrias das grandes cidades, e a sua segurança, têm a ver com o comércio”, defendeu o secretário de Estado, acrescentando que “se a restauração funciona à noite é sinal que há gente na rua”.
          Por seu lado, o presidente da Associação de Comerciantes do Distrito de Setúbal, António Narciso, criticou o facto do Governo “continuar a licenciar grandes superfícies comerciais, que podem pôr em causa o pequeno comércio”, tendo deixado o desabafo: “Já era tempo de acabar com as asfixias”. Uma visão que foi rejeitada pelo membro do Governo, porque segundo Osvaldo de Castro, “fomos nós (executivo socialista) que cortámos mais área pedida de grandes superfícies”.
          Dois milhões e meio de contos é a verba a gastar da animação da baixa comercial de Setúbal, sendo o montante dividido entre a Câmara Municipal e os comerciantes, que terão no âmbito do PROCOM, algumas condições especiais de crédito. No âmbito do Procom prevê-se ainda que a Câmara sadina realize obras no montante de cerca de 260 mil contos. Os investimentos colectivos, da responsabilidade da associação, serão da ordem dos 201 mil contos, repartidos entre as áreas de publicidade e imagem e programa de acções de animação da zona. Na sua totalidade, os investimentos empresariais previstos estimam-se em cerca de dois milhões de contos.

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