[ Edição Nº 55 ] – Câmara de Setúbal arranjou instalações para o Círculo Cultural.

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barra-5813284 Edição Nº 55,   18-Jan.99

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Câmara de Setúbal abre ‘cordões à bolsa’
E disponibiliza instalações para o Círculo Cultural

           Prestes a ser despejado da sede que utiliza há 25 anos, por ordem do dono do edifício, o Círculo Cultural de Setúbal parece ter encontrado uma saída para a crise, já que a Câmara Municipal de Setúbal disponibilizou um espaço para aquela colectividade fundada por Zeca Afonso.           A colectividade setubalense Círculo Cultural já pode respirar de alívio quanto aos problemas causados pela ordem de despejo que pode ser executada a qualquer momento, porque a Câmara de Setúbal decidiu oferecer um espaço composto por duas lojas de rés do chão.

          A decisão foi avançada ao “Setúbal na Rede” Por Mata Cáceres, o presidente da autarquia setubalense, que garante ser esta uma forma de “resolver os problemas mais imediatos” da colectividade e garantir a continuidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na área da cultura.

          No entanto, Cáceres admite que esta possa ser uma solução provisória, tendo em conta que as instalações podem vir a revelar-se desajustadas à intensa actividade do Círculo, que contempla vários projectos culturais envolvendo dezenas de artistas do concelho.

          Mas enquanto não se encontra um espaço definitivo, o presidente da Câmara garante que as lojas estão disponíveis para fazerem a mudança “quando quiserem”, mesmo antes da assinatura do protocolo de cedência, habitualmente previsto para este tipo de acordo.

          Confrontado com as queixas dos moradores do bairro, que já lançaram um abaixo assinado contra a instalação da colectividade, Mata Cáceres desdramatiza a situação garantindo que se trata de uma colectividade séria e responsável, e que para além disso, não deverá permanecer no local por muito tempo dado que estas instalações são provisórias.           A concretizar-se, o desfecho deste processo vem resolver o problema existencial da colectividade, causado pela decisão do Tribunal de Setúbal de indeferir o pedido de alargamento do prazo, por 120 dias, para dar tempo de encontrar uma solução alternativa ao velho edifício que lhes serve de sede.

          Quanto ao Fontenova Teatro Estúdio, sediado no rés do chão do edifício do Círculo, Cáceres adiantou que, contrariamente à ideia inicial de oferecer um espaço do património da autarquia, a Câmara decidiu disponibilizar-se para comparticipar a renda de um futuro espaço, que terá de ser encontrado pelo próprio grupo de teatro.

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