Edição Nº 56, 25-Jan.99
Plano de Emprego para o Alentejo
Vai estender-se à península de Setúbal
As medidas anunciadas pelo Primeiro Ministro, António Guterres, para combater o desemprego estrutural no Alentejo, abrangendo os quatro concelhos do Litoral Alentejano, vão ser também aplicadas na península de Setúbal. A novidade foi avançada ao “Setúbal na Rede” pelo Governador Civil do Distrito, que participou na apresentação do Plano Regional de Emprego, no dia 20 de Janeiro, em Évora.
Criado para combater o desemprego de longa duração e dar uma oportunidade aos homens e mulheres do Alentejo que, quer pela idade quer pela falta de qualificações não têm hipótese de encontrar trabalho, este Plano Regional de Emprego para o Alentejo vem “criar condições para a criação de emprego protegido e de empresas próprias para a criação desses postos de trabalho”.
Quem o diz é o Governador Civil de Setúbal, Alberto Antunes que, em declarações ao “Setúbal na Rede” garante estarem já disponíveis dois canais de financiamento, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional: um fundo de 5 milhões de contos para a constituição de empresas vocacionadas para o emprego protegido, e um outro de 3 milhões para o apoio a desempregados. Para o representante do Governo no distrito, estão abertas as portas para a criação de meios de apoio aos desempregados estruturais, o que pode ser feito através de candidaturas aos fundos nacionais mediante projectos e candidaturas neste âmbito. Assim, podem concorrer todas as empresas privadas vocacionadas para a área do social, assim como instituições particulares de solidariedade social, autarquias e juntas de freguesia. Optimista quanto à adesão da sociedade civil a este novo projecto governamental de solidariedade social, Alberto Antunes garante que o executivo central está já desenvolver um plano similar para aplicar nos municípios da Área Metropolitana de Lisboa. Assim, de acordo com as contas do Governador Civil, o próximo Plano Regional de Emprego da AML, que irá abranger toda a península de Setúbal, poderá entrar em funcionamento nos próximos meses.
Em tudo igual ao do Alentejo, este plano irá “permitir a criação de postos de trabalho protegidos” para os milhares de desempregados de longa duração, na península de Setúbal, na sua maioria mulheres e homens de escolaridade baixa e com idades superiores a 40 anos.