[ Edição Nº 58 ] – Secretaria de Estado vai intervir no Rio da Moita.

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barra-2919913 Edição Nº 58,   08-Fev.99

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Câmara quer regularizar o rio da Moita
Secretário de Estado do Ambiente promete intervir

           A reunião entre o secretário de Estado do Ambiente, o presidente da Câmara Municipal da Moita e o vereador do Ambiente daquela autarquia, realizada no dia 15 de Janeiro, deixou o executivo da Câmara animado quanto a uma rápida resolução dos problemas daquela vala real, cujo caudal provoca cheias e prejuízos nos terrenos agrícolas mais próximos.

          Durante este mês de Fevereiro, o secretário de Estado do Ambiente, Ricardo Magalhães, vai promover uma reunião com a Direcção Regional do Ambiente e as câmaras da Moita e de Palmela, para analisar o problema do rio da Moita, uma vala real que transborda para os terrenos adjacentes por causa da impermeabilização de que foi alvo por ocasião da construção do complexo da Ford Volkswagen, em Palmela.

          A novidade foi avançada ao “Setúbal na Rede” pelo vereador do pelouro do Ambiente da Câmara da Moita, José Manuel Figueiredo, e decorre do encontro mantido com o representante do Governo, no dia 15 de Janeiro. Satisfeito com a sensibilização do secretário de Estado para esta matéria, o vereador acredita ser “desta vez” que o rio da Moita será “tratado como merece”.
          O vereador acredita nas promessas oficiais e, por isso, preconiza a regularização do leito e das margens do rio da Moita a médio prazo, com um financiamento que “poderá ser feito ao abrigo do próximo Quadro Comunitário de Apoio”. Uma ideia quer foi transmitida pelo próprio secretário de Estado e que, segundo o autarca, poderá ser uma boa solução para os previsíveis custos das obras de tratamento e regularização da vala real que todos os Invernos inunda os terrenos agrícolas de Brejos e da Barra Cheia.           Quanto aos problemas relacionados com a sujidade da vala, que aumentam as possibilidades de cheias, José Manuel Figueiredo diz que secretário de Estado se comprometeu a desbloquear verbas para a limpeza enquanto não houver ‘luz verde’ para a regularização.

          Milhões para a zona ribeirinha
          Preocupado com a lentidão do processo de requalificação dos cerca de 20 km de zona ribeirinha da Moita, a autarquia reuniu no dia 27 de Janeiro com a Administração do Porto de Lisboa, um encontro de onde saiu a certeza de que a 6º fase da requalificação vai avançar em breve com a remoção das carcaças de embarcações abandonadas.           Estabelecido ficou ainda o modo de participação da APL no processo de revisão do Plano Director Municipal da Moita, assim como um protocolo a ser assinado entre as duas entidades com vista à concretização de um programa conjunto de requalificação e valorização daquela área. No entanto, ficou por definir o destino do cais de desmantelamento de navios, em Alhos Vedros, e o desassoreamento da caldeira junto ao moinho de maré.

          Desde o início do processo de reclassificação já foram recuperados 60 hectares e gastos mais de um milhão de contos, pelo que o vereador do ambiente prevê gastos de “largos milhões” para recuperar toda a zona ribeirinha e transformá-la em área de lazer, uma recuperação que passa ainda pela aquisição de algumas marinhas de sal e antigos viveiros do peixe.

          Uma tarefa para a qual a autarquia conta com a ajuda financeira da APL e da administração central, já que em causa estão verbas “demasiado altas para uma autarquia”, adianta o vereador. Quando a projectos em curso, José Figueiredo aponta a recuperação da área ribeirinha entre a Moita e Gaio-Rosário, cujos projectos estão já em fase de estudo.

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