Edição Nº 58, 08-Fev.99
Para encontrar formas de ajudar Setúbal
Projecto Vida analisa toxicodependência no distrito
O problema da dependência das drogas duras no distrito de Setúbal e o papel do Projecto Vida e dos Centros de Atendimento a Toxicodependentes no combate à droga foram os principais temas de uma reunião promovida pelo Núcleo Distrital de Setúbal do Projecto Vida, onde participou o coordenador nacional do PV, Alexandre Rosas.
A dependência das drogas duras e os meios necessários para a combater estiveram em foco na reunião de onde transpareceu a tentativa de encontrar para este problema “soluções com um mínimo de dignidade humana”. Segundo Alexandre Rosas, coordenador nacional do Projecto Vida, estas reuniões partem de uma tentativa de “tomar contacto com os vários grupos ao longo do país” e assim fazer o ponto da situação de cada região.
A situação do distrito de Setúbal foi exposta por Ricardo Martinez, coordenador distrital do Projecto Vida, que abordou sobretudo a questão dos dois centros de atendimento a toxicodependentes do distrito. No entanto o coordenador nacional garantiu que a situação do distrito não é no entanto muito diferente de outras regiões como “Lisboa, Porto e Algarve”.
Tentar “identificar os problemas da região com vista à realização de um diagnóstico e assim encontrar soluções específicas”, é, segundo o coordenador nacional do Projecto Vida, o grande objectivo destas reuniões a nível distrital. Por isso, Alexandre Rosas salientou ainda a necessidade de “ir ao encontro dos problemas” e encontrar respostas para “poder levar as pessoas a contactar com instituições que as possam acompanhar”.
A nível distrital, Alexandre Rosas falou da abertura de consultas a toxicodependentes em Setúbal, estando já em estudo a realização de consultas no Laranjeiro e Charneca da Caparica. O coordenador nacional esclareceu que todo o dinheiro investido no distrito “não sai de um orçamento distrital do Projecto Vida, visto que é sim dinheiro do Projecto Vida investido em Setúbal”.
Feito o ponto da situação do distrito de Setúbal, Ricardo Martinez salientou que esta análise “só pode ser feita como resultado de reuniões da distrital com os núcleos concelhios” que são, segundo este coordenador, “parceiros privilegiados” no tratamento e no acompanhamento destas questões.