Preocupada com os cortes na Mata da Machada
Palhais quer medidas para travar o abate de árvores
A investigação em curso para apurar a razão das denúncias feitas pela Junta de Freguesia de Palhais e pela Associação de Amigos da Mata da Machada, de que o projecto Parque de Aventuras incluiria equipamentos não previstos no protocolo, não impede a continuação do abate de árvores. Por isso, a presidente da Junta, Ana Pires, está preocupada com as consequências das demoras na resolução do caso.
Enquanto as investigações decorrem, por parte da DRARO, no sentido de apurar se o Parque de Aventuras prevê mesmo uma piscina e a utilização dos 200 hectares, como está indicado na brochura distribuída pela associação Questão de Equilíbrio, a população da freguesia de Palhais vê “com muita mágoa” a continuação do abate de árvores na Mata Nacional.
Uma situação que choca a presidente da Junta de Freguesia, Ana Pires, que defende uma solução rápida para o caso “sob o risco de demorar muito e quando a solução vier já não existir mata nenhuma”. Por isso garantiu ao “Setúbal na Rede” estar na expectativa para saber da decisão da DRARO sobre a matéria, que deverá ser dada a conhecer na próxima semana. É que, apesar de, na última reunião, a DRARO ter dito que o abate nada tinha a ver com o Parque de Aventuras, as dúvidas persistem pelo facto dos abates estarem a ser efectuados em zonas não previstas inicialmente.
Da mesma opinião é o presidente da Comissão Política Concelhia do PP, João Massapina, que garantiu ao “Setúbal na Rede” que as zonas de abate “encaixam-se perfeitamente” na área prevista na brochura para a implementação dos equipamentos desportivos do Parque de Aventuras. Por isso, chamou a atenção de todos os dirigentes partidários do concelho e de todos os partidos com assento do parlamento, para o projecto a implementar no local que diz ser inconciliável com a área de mata.
Para além disso, o PP do Barreiro decidiu enviar, ainda esta semana, um dossier ao Procurador Geral da República com o respectivo pedido de intervenção. É que, segundo adianta este político, que quer ver esclarecida a relação entre o Parque de Aventuras e o corte de árvores, “se não se travar este processo e o respectivo abate”, a Mata Nacional da Machada corre o risco de desaparecer.