[ Edição Nº 67 ] – Refugiados do Kosovo vão ser recebidos em Setúbal.

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A postos para receber refugiados do Kosovo
Setúbal poderá albergar 49 pessoas

           O distrito de Setúbal foi um dos escolhidos pelo Ministério da Administração Interna para albergar refugiados do Kosovo, em fuga da sua terra natal devido aos ataques da Sérvia àquele território. A notícia foi avançada ao “Setúbal na Rede” pelo Governador Civil de Setúbal que adiantou que, dos cerca de 2000 refugiados que Portugal deverá receber, 49 serão acolhidos nos concelhos de Setúbal e de Sines.

          O sistema de apoio aos refugiados foi montado em poucos dias, pelo que se os kosovares chegarem hoje encontram destino sem qualquer dificuldade. A garantia foi dada ao “Setúbal na Rede” pelo Governador Civil, Alberto Antunes, depois de uma reunião com a Comissão Distrital de Protecção Civil e os responsáveis das entidades que se prontificaram a acolher os 49 refugiados.

          Assim, o dispositivo montado desde o final da semana passada, irá permitir que, assim que o Governo der ‘luz verde’ à entrada dos refugiados, “numa questão de horas” as pessoas serão encaminhadas e acompanhadas, sendo-lhes garantida segurança, comida e habitação. As despesas estarão a cargo do Governo, que já se disponibilizou para arcar com o ónus desta operação de apoio humanitário.           No concelho de Setúbal, a instituição que se prontificou a receber os kosovares, o Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI), terá capacidade para albergar nove refugiados, enquanto em Sines, as instalações da instituição de solidariedade do Centro Regional de Segurança Social estão prontas para receber os outros 40.

          Satisfeito com a boa vontade e “resposta pronta” de todas as instituições particulares de solidariedade social do distrito, entre elas a Cáritas e a Cruz Vermelha, para ajudarem os refugiados do Kosovo, Alberto Antunes garante que “para já, o actual programa é suficiente”. Para além disso, Alberto Antunes está convencido de que esta primeira leva de refugiados poderá nem chegará a Portugal, dada a política da Nato de manter os refugiados o mais perto possível da região em conflito de modo a que possam regressar a casa depois de terminada a guerra.

          No entanto se o cenário de guerra se agravar e se for mesmo necessário apoiar uma segunda leva de refugiados, o Governador Civil garante estar “tudo pronto” para a segunda fase da operação humanitária e que todas as instituições sociais do distrito dizem estar em condições de receber os deslocados de guerra.