[ Edição Nº 68 ] – Quercus contra utentes da ponte.

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Estudo sobre poluição automóvel
Quercus rejeita críticas dos utentes da ponte

           O presidente da associação ambientalista Quercus, Francisco Ferreira, contesta a posição da Associação Democrática de Utentes da Ponte 25 de Abril (ADUP), que rejeita o estudo divulgado pela Quercus, sobre as medidas a tomar para reduzir a poluição automóvel causada pelos veículos que atravessam a ponte. Segundo contou ao “Setúbal na Rede” o presidente dos ambientalistas, as críticas da ADUP não fazem sentido.

          “Levianas e desprovidas de fundamento”, é como Francisco Ferreira classifica as críticas do líder da Associação de Utentes da Ponte 25 de Abril, Aristides Teixeira, a propósito do estudo da Quercus sobre a poluição automóvel e as medidas a tomar pelos automobilistas para a sua redução.

          É que embora concorde com as queixas feitas por Aristides Teixeira, sobre a falta de qualidade dos autocarros de passageiros, que não facilitam a opção pelos transportes públicos, Francisco Ferreira disse ao “Setúbal na Rede” que rejeita as criticas de falta de alusão ao comboio naquele estudo, até porque, “se o tivessem lido”, os utentes teriam visto um gráfico com os respectivos preços. E para esclarecer, o ambientalista recorda que, com bilhete comprado na ocasião, o comboio é mais caro que a travessia de carro e esta fica mais cara que o transporte em autocarro.           O mesmo não se passa quando se trata de travessias com passe social, já que neste caso o comboio é o sistema de transporte mais barato, no que é seguido pelos autocarros. Neste caso, e contabilizando as despesas de manutenção do veículo próprio, o carro é a opção mais cara.

          Embora reconheça que o estudo possa passar “uma imagem menos positiva” dos utentes da ponte, o facto é que, de acordo com Francisco Ferreira, os números apresentados no estudo, acerca dos utilizadores de carda veículo particular, foram retirados em horas de ponta, “são verdadeiros” e deixam de fora todos veículos comerciais, pelo que as críticas do líder da Associação de Utentes não tem qualquer fundamento.

          Mas o que Francisco Ferreira mais estranha é a forma como as críticas são feitas, “sem terem tido qualquer conhecimento do conteúdo do estudo” e apenas com base na informação veiculada pelos jornais. Uma situação que a Quercus acredita ter sido a responsável por esta “posição leviana” do representante dos utentes que não tem razão de ser, até porque a Quercus “sempre esteve disponível para esclarecer dúvidas”.