Associação Nacional de Bombeiros denuncia
Sul e Sueste “expulsou sócio como retaliação”
A Associação de Bombeiros Voluntários de Sul e Sueste, do Barreiro, é acusada pela Associação Nacional de Bombeiros Portugueses (ANBP), de ter expulso um sócio assalariado que terá denunciado alegadas irregularidades do ponto de vista laboral. Um caso “digno do antigo regime”, segundo a ANBP, que já pôs à disposição do sócio o gabinete jurídico da associação.
Injusta e censória, é como o presidente da ANBP, Fernando Curto, classifica a atitude tomada em Assembleia Geral pela Associação de Bombeiros Voluntários Sul e Sueste. Injusta porque, segundo Fernando Rodrigues, “não foi o sócio Adelino Alzamora que denunciou as irregularidades mas sim a ANBP”, e censória porque “mesmo que tivesse sido ele, parece que ali não há direito de denunciar problemas”.
Segundo o dirigente dos bombeiros portugueses adiantou ao “Setúbal na Rede”, a atitude dos bombeiros de Sul e Sueste é “vergonhosa”, visto que quando se denunciam problemas “é para que sejam resolvidos a bem de todos”. Mas pelos vistos, de acordo com Fernando Curto, “parece que aquela corporação prefere ignorar as situação”, o que no entender da ANBP “põe em causa o nome da instituição e a sua credibilidade perante a população que serve”.
Crente de que o bombeiro em causa está a ser “alvo de uma tremenda injustiça”, Fernando Curto garante que a ANBP vai avançar com um processo contra o comandante dos Voluntários do Sul e Sueste. É que, para este responsável, para além de ter sido “pouco clara”, a expulsão “parece pouco legal” tendo em conta que terá sido feita à luz dos novos estatutos que não terão sido ratificados em Assembleia.
A situação do sub-chefe dos Voluntários de Sul e Sueste, Adelino Maria Alzamora, mereceu já o repúdio de todos os participantes do 3º Fórum Nacional de Bombeiros profissionais, realizado em Lisboa, altura em que foi ainda decidida a aprovação de uma moção de apoio ao bombeiro do Barreiro. O documento segue agora para a Câmara do Barreiro e para o Governo Civil de Setúbal, bem como para todos os órgãos dirigentes e o próprio comandante da Corporação de Voluntários