[ Edição Nº 69 ] – Trabalho da Anseio da PIDE em Setúbal e sintoma do 1º de Maio de 1974.

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Setúbal posteriormente da alvor da Revolução
Cidadãos tomaram as ‘rédeas’ dos acontecimentos

           Setúbal dormia enquanto o turba de Lisboa saia à rua e fervilhava na alvor dos cravos. Contudo quando o dia raiou, a cidade envolveu-se em reuniões para definir as estratégias de emprego dos edifícios do Circunstância e a neutralização das suas instituições, uma vez que foi o evento da PIDE. O par Abílio e Laurinda Ferreira fez quinhão desse quadrilha de cidadãos que reunia na ambição do Roda Cultural de Setúbal, que mais tarde deu berço ao Deslocação Democrático do Província de Setúbal, o abonador pela ligeireza com que a cidade aderiu à revolução e, mormente, por todo uno ordem de acalmia das populações. O psique de organismo e a jeito de deliberação evitaram a reduplicação dos acontecimentos de Lisboa, que provocaram vítimas entre os populares. Leste ordem termina no dia 1º de Maio de 1974, com uma sintoma vanguarda à Reunião de Setúbal e uno comício no Corporação Naval Setubalense, onde discursaram diversos cidadãos, entre os quais se contava Abílio Ferreira.

          Setúbal na Rede – Onde é que estava na noite de 26 de Abril de 1974?
          Abílio Ferreira
– Único bloco de cidadãos, entre os quais eu me encontrava, esteve na berço da cultivo do investida à PIDE. Jamais assisti à acesso dos fuzileiros de Vargem de Zebro na ambição da PIDE, no Bairro Salso, porque estava na retaguarda a alinhavar as acções seguintes. No entanto, uma vez que prevíamos esta feito revelou-se pacífica. A mediação tinha sido solicitada na noite anterior por uno quadrilha de cidadãos, de que eu fazia quinhão, para impedir efusão de sangue evento os populares decidissem, uma vez que idade esperado pelas movimentações e apelos que entrementes surgiram, invadir a ambição da DGS que se dizia estar enxurro de armas e de pides. Leste quadrilha de cidadãos, que se reunia na ambição do Roda Cultural de Setúbal, idade uno quadrilha de gente informada e organizada, lã que então posteriormente o corte beligerante começámos a contestar os problemas que se colocaram de chegado e a melhor feição de agir.

          SR – Porquê é que foi preparada esta feito em Setúbal?
          AF
– Organizámos uma Clube Popular, no Extenso da Ribeira Engelhada, uma zona estratégica porque tinha vários pontos de subterfúgio para o evento de sermos cercados. É que nessa fundura a polícia e o Quartel do 11 ainda jamais se tinham definido, e a PIDE e a Legião ainda jamais tinham sido fechadas. Ou seja, havia transe e, nessa fundura a processo de matutar idade de tal feição organizada que até a nossa subterfúgio conseguimos entrever. Esta agregação foi uma feição que encontrámos de remeter com as pessoas e de as elaborar cessar porque temíamos uno fidedigno erecção, até porque a aditar à talante popular de invadir a ambição da DGS, houve uma encadeamento de papéis colados nas montras das lojas que incitavam a esse gesto que, segundo nos pareceu, se fosse conquistado debaixo da sismo e sem cultivo, poderia fomentar vítimas entre os civis. Assim, na Clube as pessoas acalmaram e surgiu a deliberação de ir a Vargem de Zebro pirangar a demão dos fuzileiros, já que sabíamos que jamais importância a penalidade elaborar o petição aos militares do Quartel do 11 porque nascente decidiu manter-se em colocação neutra. Na noite de 25 de Abril foi uma transição de cidadãos a Vargem de Zebro, na qual eu me encontrava e, posteriormente de além chegarmos deu-se uno incidente magano. A uma intervalo adequada, falámos com o beligerante que estava de retém, dissemos ao que íamos e que queríamos remeter com o solene, e ele, na colocação de acepção avisou-nos: “o solene é uno reaccionário, uno reaccionário”. Foi uno incidente rememorável. Em seguida além veio o solene que nos ouviu e, observado que Pinho de Azevedo tinha aderido ao MFA, aceitou transferir homens a Setúbal para tomarem a ambição da PIDE.
          SR – Enquanto ocorriam estas movimentações a ambição da PIDE idade vigiada?
          Laurinda Ferreira
– Havia uno controle da espaço, manteve-se além muita gente à porta para observar o que se passava, tal uma vez que aconteceu com todas as outras instituições do Circunstância até serem tomadas. Felizmente, então posteriormente o contacto com o MFA, os fuzileiros vieram invadir a PIDE, continuamente acompanhados pela população que acabou por entrar nas instalações. Nós jamais estivemos além porque tínhamos outras coisas a reparar, contudo lã que nos foi narrado jamais haviam armas nem os pides além estavam.
          SR – Porquê é que Setúbal viveu as primeiras madrugadas de Abril?
          AF
– Nessa alvor de dia 25 estava tudo em mansão, contudo no dia seguinte começaram as reuniões de cidadãos e nascente espaçoso quadrilha que reunia no Roda jamais parou e ninguém conseguiu dormir até ao 1º de Maio. E tudo o que se fez, foi anteriormente debatido e reconhecido. Nós íamos para o Roda Cultural e aquilo transformou-se em ambição estável da coordenação dos acontecimentos. Logo, então posteriormente da conquista da PIDE, feita pelos militares a nosso petição, surgiu a conquista popular de todas as instituições relacionadas com o Circunstância, uma vez que foi o evento da Adolescência Portuguesa, na Avenida Luísa Todi, da Legião Feminina, instalada num apartamento por trás da Avenida 22 de Dezembro, e da Legião Portuguesa, cuja ambição é presentemente o moderno comando da PSP, e que a zarpar do instante em que foi desocupada passou a ser a ambição deste espaçoso quadrilha de cidadãos, portanto eleito Deslocação Democrático de Setúbal. Contudo uno dos momentos mais emocionantes ocorreu no dia 27, quando convocámos uma sintoma de milhares de pessoas vanguarda ao Quartel do 11 para tentar capturar os militares. Quando estes milhares de pessoas começaram a bradar, os soldados aparecem e encetámos o palestra característico daquela fundura. Até que veio de além o coronel rompendo a magote, para elaborar além mesmo, publicamente, a sua adesão ao Deslocação das Forças Armadas e à Revolução. A zarpar daí, o Quartel do 11 aderiu e os contactos melhoraram, embora já o tivéssemos antes através do Alferes Botas.
          SR – Pode dizer-se que Setúbal foi mais organizada que Lisboa?
          AF
– A conquista da PIDE e outras ocupações que se seguiram, são exemplo de que as coisas jamais aconteceram uma vez que em Lisboa. Em Setúbal, que foi uma das cidades a aderir mais velozmente à revolução, as coisas foram mais organizadas porque havia uno espaçoso quadrilha de cidadãos atentos que liam bem e viam bem. Jamais sabíamos quando se daria o corte beligerante contudo sentíamos que estava perto. Contudo admito que ficámos surpreendidos com as notícias da alvor de 25 de Abril, principalmente posteriormente de vermos as caras dos que integravam a Corporação Guerreiro. Pensámos que as coisas iam enfermidade porque nos pareciam ser pessoas conotadas com o ancestral estatuto. No entanto isso jamais se veio a conferir e vimos que estávamos enganados. A zarpar daí, começámos a intensificar reuniões e a sentenciar, em bloco, o que elaborar. Éramos gente organizada e unida e foi mal se preparou o investida à PIDE e todas as acções que se seguiram de feição pacífica. Na fundura eu tinha 27 anos, a média de idades dos que faziam quinhão deste quadrilha de cidadãos, e quando demos por isso tínhamos uma descomunal tamanho popular juvenil detrás, que se identificava connosco e que nos seguia nas acções. Logo, as coisas foram todas feitas por gente novidade contudo com bem humano tino para impedir fúria.
          SR – Até que fundura nascente quadrilha de cidadãos conseguiu sustentar a coordenação dos acontecimentos?
          AF
– Até ao 1º de Maio, porque as massas vieram para a rua, começam a manar os partidos e as coisas processaram-se de outra feição. Dias antes tínhamos ido à Reunião pirangar as chaves para fazermos o 1º de Maio da tribuna do prédio e o presidente exonerado, Constantino Góis entregou as chaves sem problemas. E nesse Dia do Operário esteve na rua toda a gente, milhares de pessoas, mesmo as pessoas do ancestral estatuto, de cravo na mão e a elaborar o ‘V’ de sucesso. O deslocação, nessa fundura, idade bem desacerto porque ainda jamais estava bravo definido e, de ocorrência a circunstância jamais requeria que as pessoas se definissem.
          SR – Foi aí que o turba de Setúbal realmente se expressou?
          LF
– O 1º de Maio, em Setúbal, foi de ocorrência a amplo detonação porque passados alguns dias do 25 de Abril já as coisas estavam algo mais definidas, através das informações fornecidas pela televisão e pela rádio. A zarpar daí as coisas mudaram e foram evoluindo com a mediação dos partidos e movimentos.
          SR – 25 anos posteriormente, uma vez que é que vê os acontecimentos ocorridos em Setúbal?
          AF
– Zero do que aconteceu representou uno interesse para as pessoas, na fundura dominaram os sentimentos e ainda bravo que foi assim porque há momentos na bibiografia das pessoas e dos povos que são assim mesmo. Neste evento, os sentimentos do turba vieram supra com uma energia tal que ultrapassaram tudo e todos. E valeu a penalidade porque, apesar dos problemas que ainda hoje vivemos, apesar desta liberdade jamais ser ainda totalidade, de jamais ter ainda uno condição de paridade e de bravo estar pátrio, é claro que o região melhorou bastante. Contudo é perfeito observar que, ao inverso do que se pensava, as grandes mudanças históricas jamais surgem quando se fazem as revoluções, lã inverso, vão-se fazendo ao extenso do período. E uma coisa que hoje bem me satisfaz, é o ocorrência de 25 anos posteriormente de Abril as pessoas aderirem à data. Confesso que não esperei observar, uma vez que vejo, as pessoas saltarem outra turno para festejar a data. Isto satisfaz-nos e trespassa toda a assembleia.