Recente estatuto chega a Setúbal
Assembleia gerida por Percentagem Administrativa
No dia 16 de Maio de 1974, toma monopólio o à frente Gestão Interino, liderado por Palma Carlos, único dia posteriormente de empossado António Spínola uma vez que à frente Presidente da República em seguida o 25 de Abril. Igualmente em Setúbal essa data ficou marcada pela captura de monopólio da Percentagem Administrativa da Assembleia Municipal, composta por sete cidadãos, alguns deles ligados ao MDP/CDE. Vítor Zacarias fazia fracção do bando que tentou completar com o vácuo de autoridade no município, constrangido no dia 8 de Maio com a destituição do executivo eleito lã ancestral estatuto. Uma ofício que não foi fácil, e que levou à destituição do à frente presidente da Percentagem. Vítor Zacarias foi o presidente que se seguiu, porém acabou demitido pouco período posteriormente. Dessa quadra, ficaram as memórias que considera serem as melhores da sua bibiografia, como acredita haver trabalhado para o bravo da população de Setúbal.
Setúbal na Rede – Onde é que estava no dia 16 de Maio de 1974?
Victor Zacarias – Estava com os outros membros da Percentagem Administrativa da Assembleia de Setúbal, a beber monopólio adstrito do secretário do Gestão Social, já que naquela fundura jamais havia Governador. O à frente a ser eleito em seguida o 25 de Abril de 1974, foi o capitão de fragata Fuzeta da Ponte, já em Setembro desse ano. Portanto em seguida o acção de monopólio, fomos para a Assembleia, ao todo éramos sete pessoas, entre as quais se contava Odete Santos, actualmente deputada do PCP, Alberto Sousa Pereira e Francisco Rodrigues Lobo, que mais tarde foi presidente nomeado da Assembleia de Setúbal. Assim, nesse dia entrámos no prédio da autonomia, onde os funcionários continuavam com o seu labor, e apresentámo-nos em todos os gabinetes. Fomos bem bravo recebidos pelos funcionários que geriam a Assembleia a começar de que o executivo eleito lã ancestral estatuto pediu a destituição, a 8 de Maio.
SR – Porquê é que o seu nome aparece na relação para a Percentagem Administrativa?
VZ – Fui aportado para esse efeito, por intermédio de dirigentes do MDP/CDE. Idade famoso lã meu pretérito anti-fascista, toda a gente sabia que tinha circunstância seguro e que tinha sido compungido diversas vezes, lã que me pediram para integrar a relação. Aceitei e fui apresentado no comício que ocorreu no dia 15, no Naval, para o qual foi convocada toda a população do concelho. O pavilhão estava a arruinar de gente e, posteriormente de apresentada, a relação foi eleita de feição efusiva. Eu fiquei uma vez que vogal e o Júlio Santos, que época bestunto de relação, foi nomeado presidente. Lembro-me que o envolvente época de euforia, que estávamos todos bem emocionados e que cada único de nós falou um tanto da sua finalidade quanto ao porvir. Foram palavras de alento com paisagem à participação de todos na construção de uma clube novidade, numa clube em que a resguardo dos interesses das pessoas estava supra de tudo.
SR – Porquê é que decorreu a administração do município?
VZ – Com muitas dificuldades pois jamais havia zero por onde filar. A única coisa com que contávamos época com as reivindicações da população, e por isso começámos a trilhar todos os bairros, para conversar com as pessoas e executar o erecção de todos os problemas. Aí deparámo-nos com situações dramáticas de mendicidade extrema nos imensos bairros de lata de Setúbal. Vimos casos humanos terríveis, uma vez que crianças a dormirem no soalho com ratos a morderem-lhes as orelhas e os pés, famílias sem telhado e muita desnutrição por todo o ala. Em seguida de conhecermos a cidade, único dos primeiros serviços foi acudir na composição das comissões de moradores e das comissões de trabalhadores. Naquela fundura bastante conturbada época principal que as pessoas se organizassem para poderem contestar e alegar os seus problemas. Com a pouca organismo que conseguimos, tentámos ‘preparar a mansão’, escolher os casos que considerámos mais urgentes e resolvê-los o melhor realizável. Entrementes, constituíram-se comissões de moradores por todo o ala, e foi das reuniões que mantivemos com elas que conseguimos beber competência de muitos dos problemas do concelho. Incessantemente foi bem laborioso reger esta estado porque, lã meato ocorreram muitos excessos, uma vez que por exemplo o ocorrência das ocupações de casas na cidade. Muita coisa foi feita à revelia das directrizes que definimos, as pessoas pensavam que a liberdade lhes dava o honesto de executar tudo, jamais entenderam que as coisas jamais podem ser feitas de único instante para o outro e, assim, ocorreram muitos excessos, mormente no maneira da tarefa de casas.
SR – A Assembleia jamais tinha competência das ocupações?
VZ – Fomos ultrapassados nesse maneira, as ocupações eram-nos unicamente participadas. E é perfeito observar que, naquela quadra, nem a autonomia nem os militares do Quartel do 11 nem ninguém sabia bem bravo o que se devia executar. E posteriormente eram os senhorios a reclamarem por início das ocupações. Aí, o que é que a Assembleia podia executar? Solitário podia alegar aos senhorios o que se passava, convencê-los da estado e alegar às populações que esta jamais época a feição mais correcta de decidir os problemas. Em seguida, foram as tentativas de agenciar com senhorios e convencê-los a alugarem casas, para sustar ainda mais conflitos. Na fundura isolado contávamos connosco porque o Quartel do 11 igualmente jamais podia executar zero e, por seu ala, a PSP igualmente jamais sabia que atitude beber, jamais nos hostilizou porém manteve-se quieta, sem conseguir o que executar. Ou seja, havia único notório vácuo de método e de regras, lã que tivemos de ir ordenando as coisas aos poucos. Ao nível do labor autárquico igualmente havia problemas, observado que o orçamento da Assembleia, e que tinha sido atribuído lã ancestral estatuto, época minúsculo e jamais dava para zero. Meses posteriormente, quando apresentámos ao Gestão o nosso rente de feito, conjuntamente com as outras câmaras do província, nas chamadas RIC’s, Reuniões Inter-Câmaras, é que fomos contemplados com verbas mais consistentes.
SR – Durante esse tempo, houve situações que o marcaram particularmente?
VZ – Houve várias que me marcaram bem. Numa noite, único bando de ciganos decidiu protestar casas, logo entraram na quarto de sessões da Assembleia para falarem connosco. Ficámos quase reféns, absorvidos lã labor e lã empenho que tínhamos quanto aos problemas e às reivindicações das pessoas. A quarto estava enxurrada de ciganos que jamais nos deixavam transpor dali sem uma resposta. Isto arrastou-se até às quatro da manhã, com toda a gente esgotada, inclusivamente eles. Nessa fundura houve único rasgo de génio de único dos membros da Percentagem, o Alberto Sousa Pereira, que rabiscou num mica de papel a seguinte expressão: “A Assembleia compreende que todos os cidadãos têm honesto a uma mansão”. Assinou o papel, mostrou-o aos ciganos e eles consideraram isso uma triunfo ressonante e começaram a conclamar de satisfação. Foi uma cena impressionante, jamais resolvemos o problema, porque jamais tínhamos processo de o executar, porém eles ficaram satisfeitos com o papel e foram-se embora. Houve uma outra estado que me marcou bem, o ocorrência das reivindicações de alguns trabalhadores da Assembleia que, acicatados por forças políticas em desacordo com as nossas directrizes, uma vez que foi o ocorrência do PS, começaram a executar reivindicações, cortaram os fios do telefone e chegaram mesmo a fazer-nos ameaças. Todavia uma vez que, através de único solene do Quartel do 11, os militares decidiram ser conciliadores, as coisas resolveram-se pouco período posteriormente e as pessoas desmobilizaram.
SR – O PS exigiu eleições autárquicas em Outubro de 1974, porque dizia que o MDP controlava as comissões. Essa querela tinha doutrina?
VZ – Nós incessantemente pretendemos executar uma gestão o mais ocasião realizável, atendendo toda a gente e tratando as pessoas da mesma processo, sem quaisquer discriminações. Mira que as comissões estavam conotadas com o MDP/CDE, porque foi ele que esteve na princípio da sua composição, e isso aconteceu porque, nessa quadra ainda jamais estavam quaisquer partidos políticos no mundano. Mira que se notaram algumas colisões de interesses e de directivas e eram levantados alguns problemas lã meato, porém não vimos algum controlo a cerca de a Percentagem Administrativa.
SR – Mais tarde veio a comutar Júlio Santos. Porque é que ocorreu essa alteração na presidência?
VZ – Eu tomei monopólio no dia 11 de Março de 1975, porque o Júlio Santos jamais aguentou as exigências do local e desistiu. Na fundura as coisas eram bem difíceis, os problemas eram graves e vinham de todo o ala. Em seguida época a nossa anseio em atender toda a gente e decidir todos os problemas, uma estado que exercia enormes pressões a cerca de todos nós. Com a abalada de Júlio Santos as coisas jamais mudaram de semblante, porque o labor continuou na risco do que tinha vindo a ser terminado até logo.
SR – No entanto, esteve além pouco período. Porque é que saiu?
VZ – Devido a único incidente relacionado com uma estandarte. Em Maio de 1975, esteve de visitante a Setúbal a primeira astronauta do globo, uma astronauta russa. E na preparo da admissão, a Percentagem Administrativa combinou que iria guindar a estandarte da logo Junção Soviética em dignidade da visita. Tinha ficado contratado que alguém nos traria a estandarte porém essa indivíduo atrasou-se e chegou a hora de guindar a estandarte sem que houvesse estandarte nenhuma. Portanto eu disse a único dos contínuos da Assembleia para guindar a estandarte portuguesa e as da cidade. Todavia no derradeiro instante chega a estandarte da Junção Soviética e o que acontece é que o ininterrupto iça a estandarte no ímpar bordão vácuo, o bordão de dignidade, que é o maior de todos. O engano do ininterrupto foi a princípio da minha destituição, porque enquanto presidente eu época o fiador pela estado. Foram-me imputadas responsabilidades, a estado foi explorada politicamente e foi o PS que exigiu a minha destituição. Inicialmente o ministro da Gestão Interna dizia que o tema época irrelevante, porém as pressões foram tantas que acabou por deixar e requerer a minha destituição. Quem me substituiu foi o Francisco Rodrigues Lobo e no final do ano realizaram-se as primeiras eleições autárquicas que deram a triunfo a Elói Vitorino.
SR – 25 anos posteriormente, uma vez que é que vê aquela quadra?
VZ – Foi a tentativa mais rica da minha bibiografia. A elanguescer do 25 de Abril vivemos momentos indiscritíveis e isso lora ainda mais a quem, uma vez que eu, sofreu na couro o autoridade, o vontade e as torturas da PIDE. Fui seguro por haver participado na revolta de Beja, em 1961, estive sete anos prisioneiro com torturas de toda a método e posteriormente libertaram-me. A elanguescer daí, incessantemente que chegava o 1º de Maio, além vinha a PIDE para me atar e atormentar, porque a política do estatuto época a de, cada turno que se aproximava uma data próprio, ‘recepcionar’ todos os que tinham por prática discutir o circunstância de coisas. Ou seja, para prevenirem focos de contradição, eles prendiam o privado que podia constituir qualquer transe. Antes do 25 de Abril as pessoas eram mantidas na desconhecimento e no obscurantismo, de tal feição que muitas jamais compreenderam o que época a absolutismo em que viviam. Por isso, o 25 de Abril e todo o maneira que o seguiu foi excepcional e uma estado única na Narrativa.
SR – Está contente com o tramontana que o pátria tomou?
VZ – O alma da revolução de Abril existe, no seu capital, porém foi já bem subvertido porque aos poucos foram-se perdendo regalias, direitos e conquistas alcançadas com o 25 de Abril. Uma coisa que foi feita aos poucos, pelos sucessivos governos. Progressivamente foi-se perdendo muitos dos direitos dos portugueses, apesar de hoje vivermos em liberdade e num estatuto democrático, sem incerteza, e de termos uma das constituições mais avançadas do globo. No entanto, as diversas revisões constitucionais foram retirando regalias e direitos às pessoas, aos mais diversos níveis, a começar de a quesito laboral até ao planura do civil e da saúde. Todavia acredito que, uma vez que tudo, as coisas nulo modificar e que isto isolado além vai com uma alteração de mentalidades, ou seja, as pessoas sabem protestar e devem progredir a fazê-lo para que a clube sirva o varão e para que ele esteja incessantemente em à frente local.