[ Edição Nº 73 ] – Greve e serviço das instalações da Timex e sintoma de operárias do Feijó até Cacilhas.

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25 anos em seguida da peleja da Timex, no Feijó
Ex-sindicalista recorda as convulsões laborais

           Joaquim Reis, ex-presidente do Sindicato dos Aurífice de Lisboa e Meridional, esteve no núcleo da peleja dos trabalhadores da Timex, no Feijó, que há 25 anos reivindicavam melhores salários e mais decoro. Hoje é coadjutor do Vice-Governador Social de Lisboa, jamais se arrepende do sistema que levou ao limpeza da gestão e, embora admita terem sido cometidos alguns exageros, se fosse perfeito voltaria a gerir a peleja dos operários. 25 anos em seguida, Joaquim Reis considera que os dois anos de convulsões laborais e sociais na empresa, contribuíram para a compra de muitos dos direitos que hoje os trabalhadores portugueses usufruem.

          Setúbal na Rede – Onde é que estava no dia 27 de Maio de 1974?
          Joaquim Reis
– Se jamais estava na Timex, estava a trilho para seguir a peleja que os trabalhadores tinham iniciado, que resultou numa greve de brio, numa sintoma e na serviço das instalações. Idade normal estar por ali, porque tratava-se de único acontecimento que já se arrastava há alguns dias e, para ali disso, esta quadra a empresa com maior aglomeração de trabalhadores sócios do Sindicato dos Aurífice de Lisboa e Meridional. Dedicávamos uma amabilidade bem privativo àquela peleja, até porque a largo maioria dos sindicatos jamais estava de negócio com a peleja da Timex. Os sindicatos, que naquela profundeza deviam ser afectos ao PCP, uma vez que jamais controlavam a peleja da Timex desprezavam aqueles trabalhadores e o que ali se passava. Havia único acontecimento pontual de esteio, o do Sindicato dos Trabalhadores dos Escritórios de Setúbal, contudo tinha pouca representatividade. No entanto, não deixou de acomodar e estar solidário com os trabalhadores da Timex, que continuamente foi mais uma peleja das operárias que dos trabalhadores dos trabalhos.

          SR – Porquê é que começou a peleja da Timex?
          JR
– Foi antes do 25 de Abril de 1974 e nessa profundeza houve mesmo uma experiência de greve na Timex. Eu quadra presidente do sindicato e recordo-me de possuir sido apelidado ao Ministério do Labuta, na profundeza disseram-me que tinha entrado há pouco período na presidência e já estava a realizar greves. Eu sabia que isso ia ocorrer porque o meu telefone estava por baixo de escuta e havia uma certa objecção à risca programática da orientação do sindicato. A Timex tinha desencadeado uma peleja, antes de 25 de Abril, por melhores condições de bibiografia e por melhores salários, contudo particularmente por mais decoro porque as pessoas, na sua maioria mulheres, sentiam-se humilhadas. O 25 de Abril veio aligeirar o sistema e as mudanças foram radicais.           O acontecimento foi trabalhoso, porque duas ou três forças políticas, uma vez que foi o acontecimento do PS, do PCP e do MRPP, que isolado ali apareceram em seguida do 25 de Abril, tentaram gerir a peleja. E em algumas situações, o MRPP conseguiu alguma prestígio, contudo nem continuamente da melhor método uma vez que se veio a completar mais tarde. Muitas vezes se dizia que a presidência do sindicato quadra do MRPP, o que jamais quadra veras. Avante porque a orientação tinha gente do PS e do PCP e até mesmo único anarco-sindicalista, em seguida porque eu jamais quadra do MRPP, por mais que dissessem. Iniciei-me na bibiografia sindical em 1969, estive atado ao CRPML, tinha único gazeta apelidado “O Bolchevique”, produto de uma cisão do “Clamor do Poviléu”, então não estive atado ao MRPP. Para ali disso, o sindicato quadra dos trabalhadores e tudo o que fizemos foi em sua resguardo, continuamente que achávamos que tinham causa.

          SR – As ocupações das instalações da Timex, o controlo do stock e o limpeza da gestão, foram acções entendidas uma vez que único sistema inato na peleja dos trabalhadores?
          JR
– Afirmativo, e penso que o deslocação sindical daquela estação igualmente o entendia assim. Todas aquelas correntes de prestígio do Maio de 68 chegaram mais tarde a Portugal, e mesmo quando chegaram, foi para grupos restritos, as chamadas elites ou vanguardas, as classes mais esclarecidas de trabalhadores e do deslocação educando. Então, muitas das coisas que se fizeram em Portugal, depois o 25 de Abril, ainda são revérbero do Maio de 68, em França. Acho que aconteceram coisas normais para quem esteve 48 anos por baixo de único estatuto daqueles, parece-me que jamais fizemos zero de fenomenal, jamais cometemos muitos erros, embora tivéssemos cometido alguns exageros. Por isso, se hoje tivesse os mesmos dados que tinha na profundeza, sem incerteza que faria o que fiz e tomaria as mesmas medidas que tomei.

          SR – A fugir do dia 27 de Maio, uma vez que é que evoluiu o acontecimento Timex?
          JR
– O dia 27 foi o dia do limpeza das chefias, que eram odiadas pela método prossecutória de exercerem o autoridade a cerca de os trabalhadores. E diga-se que 95% dos trabalhadores eram mulheres jovens, o que levava muitas daquelas chefias a utilizarem os cargos para humilharem e tirarem proveitos sexuais. Assim, durante anos muita gente foi humilhada, e por isso quanto houve prognóstico de impugnar, todos os trabalhadores responderam. Níveo que foram cometidos alguns exageros e que nem continuamente as coisas correram bravo. Lembro-me do acontecimento de único solicitador da empresa que teve de permanecer connosco numa maratona negocial até às cinco da manhã e que acabou por aprovar os documentos reivindicativos devido ao quebreira e à convicção. Às nove, quando voltou a entrar na empresa disse que jamais tinha assinado zero e desmentiu tudo. Ou seja, é veras que assinou devido ao quebreira contudo igualmente é veras que ninguém o obrigou a aprovar. Singular outro incidente burlesco que marcou os exageros daquela estação, foi a utilização que as mulheres deram aos dois dias que conquistaram para a profundeza em que tinham o temporada menstrual. Em turno de os gozarem na profundeza própria, guardavam para o final do mês, embora eu as avisasse que isso jamais quadra benévolo porque jamais correspondia ao que se pretendia com essa privilégio. E com o período acabaram por desmerecer esse imponente.
          SR – Porquê é que terminou o sistema da Timex?
          JR
– A Timex quadra uma multinacional que veio para Portugal com condições privilegiadas, o Condição deu-lhe mundano e subsídios, e quando viu as condições a mudarem tentou perseverar à condição. A peleja dos trabalhadores durou muro de dois anos, de 1974 a 1976, e as pessoas foram ficando cansadas. Em seguida eles jamais pagavam e as jovens operárias começaram a ser pressionadas pelas famílias para abandonarem a empresa porque houve alturas em que jamais se pregava olho, as pessoas estavam ali de dia e de noite, adormeciam nos piquetes de greve e jamais arredavam calcante. Assim, o sistema Timex acabou uma vez que acabam todas as multinacionais quando vêm postos em nascimento os seus interesses: abandonou o região. Foi reduzindo privado, foi despedindo e, por circuito de 1976 fechou, ficando exclusivamente com uma garota representação que quadra mais mercantil do que de montagem.
          SR – Se a empresa fechou, as trabalhadoras usufruíram pouco dos direitos que conquistaram. Considera que foi uma peleja ingrata?
          JR
– As conquistas obtidas na Timex, tal uma vez que aconteceu na comum das empresas em Portugal, acabaram por se desmerecer. Se pensarmos no que foi a peleja dos trabalhadores portugueses, a Lisnave de hoje jamais é a Lisnave que quadra antes, a Setenave e a Sorefame igualmente jamais. Ou seja, ao extenso destes anos o globo mudou bem, a veras industrial é outra e a do afã igualmente. Antigamente, para possuir imponente a férias quadra perfeito labutar durante anos, havia trabalhadores de primeira e de segunda, então a condição presentemente é transtornado e graças à peleja dos trabalhadores presentemente temos regalias uma vez que as férias anuais e a semana das 40 horas. É veras que muita coisa se foi perdendo e é inato que as pessoas critiquem a novo condição porque ninguém está feliz com a veras que tem. No entanto, prefiro o afecção de presentemente do que aquilo que quadra benévolo no pretérito, é de acontecimento inimaginável a modificação entre estas duas épocas porque a modificação é abissal, jamais há verificação executável.
          SR – 25 anos em seguida, uma vez que é que vê as lutas daquela estação e as suas consequências na grémio novo?
          JR
– Valeu a lição a peleja, embora algumas conquistas tenham perdido. Pode dizer-se que jamais é isto que se quer para Portugal, contudo há velo menos uma tomada essencial que ficou: o imponente à liberdade. Quanto ao deslocação sindical vê-se que é transtornado, jamais está langoroso contudo já esteve melhor. Nalguns casos pode possuir havido retrocessos, por exemplo, ainda hoje toda a gente se lembra que, antes do 25 de Abril, o quadrilha Mello fez a Colégio Industrial no Barroca para os seus operários aprenderem, que a Lisnave tinha uma colégio especialista para os seus funcionários adquirirem novos conhecimentos. Isso perdeu-se e, hoje, se jamais houver elaboração especialista as pessoas ficam ultrapassadas. Aí os sindicatos têm uma termo a expressar, e neste aparência sou censor em inventário às duas centrais sindicais. Acho que a elaboração tem que possuir uma vez que destinatários os trabalhadores, enquanto aquela que fazem para os jovens zero tem a assistir com os sindicatos porque essa é uma emprego que cabe ao Condição. As pessoas deviam ainda possuir entrada à Universidade, por exemplo uma universidade popular, onde pudessem possuir diversas cadeiras para se actualizarem e adquirirem esforço velo que é actual. Isto é principal para que os trabalhadores se adaptem às mudanças, porque hoje o largo problema é que único obreiro perde o disposto de afã aos 40 anos e não mais regressa ao mercado de afã. Seja uma vez que for, 25 anos em seguida, é melhor aquilo que temos do que aquilo que tínhamos, ganhámos mais do que perdemos, jamais temos repressão, todos temos direitos, jamais temos presos políticos, e isolado por isso o 25 de Abril valeu a lição e os militares de Abril merecem todas as homenagens.