
CRÓNICA DE OPINIÃO
por Isabel Almeida Fernandes
(Presidente da Comissão Política Distrital do CDS/PP)
Europeístas Convictos?
Realizaram-se, no passado dia 13 de Junho, eleições para o Parlamento Europeu, tendo-se constatado duas realidades incontornáveis: uma elevada taxa de abstenção e uma vitória generalizada dos partidos de direita. Realidades tanto mais curiosas numa Europa governada pelo socialismo federalizante, o qual, contudo, não logrou convencer os europeus da bondade dos seus propósitos. A verificação de uma elevada taxa de abstenção não poderá deixar de ser assacada aos políticos e tratados federalistas que foram traçando metas e objectivos para a Europa e seus povos em completo divórcio com os desejos e anseios destes. A ideia de uma Europa unida e determinada desabou miseravelmente com o conflito nos Balcãs. Desse sonho restam apenas políticos e políticas gastas, arrastando-se penosamente atrás dos desígnios norte – americanos. E, não tenham dúvidas, são esses mesmos políticos que deliberadamente não promoveram uma política de informação séria e ponderada sobre a Europa e o seu destino; são esses mesmos políticos que hoje acusam os eleitores de egoísmo, preguiça e falta de sentido cívico, aqueles que desenvolveram campanhas eleitorais com o maior egoísmo e desrespeito para com os eleitores. O avanço da generalidade das forças de direita na Europa, verificado no passado dia 13 de Junho, deverá ser motivo de alegria e esperança. O seu advento, marca o combate pelo direito à diferença e a rejeição de um sentido da História previamente determinado. E se em Portugal a esquerda ganhou esta batalha, não deixa de ser verdade que foi uma vitória de Piro: nela empenhou todos os seus meios humanos, materiais (e os do Estado) e a sua figura de maior relevo, acabando por obter uma votação redutora. Também em Portugal a direita venceu. O CDS/ PP, condenado à morte por tudo e todos, comentadores políticos e sondagens, resistiu. Resistiu demonstrando que a direita em Portugal existe; resistiu demonstrando que o voto útil da direita em Portugal é no CDS/PP; resistiu anunciando aos portugueses que com o CDS/PP, PORTUGAL será sempre PORTUGAL.