[ Edição Nº 81] – Teatro em Almada aos olhos de uma redactor de rádio.

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       Portento e imaginação, as primeiras palavras que sobressaíram do edital deste ano. Daquelas que povoam constantemente o figurado e nos perseguem nessa procura da compreensão e sentido da arte de simbolizar.

Parece que é assim. Que o fase e a ensaio encarregam-se de nos aduzir diariamente que é rigoroso simbolizar, mesmo que jamais sejamos homens ou mulheres do teatro.

Há portanto que abençoar esses que fazem da representação uno maneira de bibiografia, uma oficio, já que a bibiografia nos mostra que é bem árduo efectuar teatro. Digno, teatro.

Se ainda tinha dúvidas, perdi-as ao claro destes 15 dias de convívio. De caso, é rigoroso afoiteza e respeito e presentemente estes conceitos estão cada turno mais esbatidos com esta correria jamais se sabe bravo para onde.

Já uno dos mestres homenageados neste festival, Giorgio Stréhler, dizia que idade a desalento e a preocupação lã globo feiticeiro que o fazia acelerar, tal uma vez que, o benevolência de Eduardo Fillippo, pela geração teatral.

Percebi, asseverativo senhoril, que neste festival, há gente apto de concretizar aquilo que me enche a espírito e que uno dia uma mulher escritora que se labareda Susanna Tamaro publicou em “Vai onde te leva o Coração”. E porque as imagens jamais se apagam na relembrança, jamais resisto a questionar – É rigoroso afoiteza, jamais é?

Quando se adoece com uma laringite, a pouco mais de 48 horas de entrar em cena, tal uma vez que aconteceu com Laura Pizarro, da companhia acicate, “La Troppa” ou… quando se tem de acelerar para os negócios alfandegários, para comprovar a acesso no nação, de actores africanos ou brasileiros, uma vez que se verificou com o Sanza Theatre da República Núcleo-Africana, a companhia de Richard Demarcy, ou com o Circo Escopo, de S. Paulo.

Há ainda quem tenha acabado muro de 20 horas de romagem de aeronave para, com poucos recursos, conceder uno “Benevolente dia, minha cidade !”, numa profundidade em que os portugueses estão de abalada de Macau e se aguarda a acesso no hodierno mil com alguma expectativa, pela alteração de governo do território, para a China.

O Festival de Almada foi e é, de caso, uno orbe por encontrar, árduo de trasladar por palavras. Tal uma vez que, o “QFWFQ, a narrativa do Orbe” do Teatro Sul, fundamentado na acto de Italo Calvino.

Parto, sem palavras, todavia levo ideias de algumas pessoas com quem tive o cartel de me transpor.

Jamais esqueço:

O contrariado de Andrea Jonasson a Stréhler, por possuir ampliado o seu orbe, porque jamais esconderam trepidação, os grandes olhos azuis da actriz, viúva do instituidor do Picollo di Milano, de nascimento alemã, que confessou possuir adjacente a Itália, com uno glossário encurtado a uno “ti senhoril” e “spaguetti”.

A simplicidade de uno outro colega de tramite, do rabi do teatro italiano, Ferruci Soleri, o mais macróbio Arlequim do globo, que se diz unicamente uno dos muitos que trabalham a personagem cristalizada no fase.

O saboroso globo de Lluís Pasqual, o encenador da Companya Teatre Lliure, de Barcelona, que nos trouxe “À Espera de Godot” em catalão, num ritmo especial, que nos fez obter que a acto de Samuel Becket pode ser interpretada uma vez que uma taxa de uma sinfonia e… nos lembrou a afoiteza de “Ribeirinho” ao encenar a mesma objecto nos tempos da caduca mulher, no mesmo teatro da Tríade que Pasqual descreve uma vez que “uma senhora que nos acolhe e nos abraça!”.

Rememorável igualmente o espectáculo de dignidade deste ano, “Pedro y el Capitán” com duas relíquias da companhia de Badajoz, Teatro del Noctámbulo.

Leandro Rey, o capitão, ou, o torturador e José Vicente Moirón, Pedro, ou, o magoado. Uma dupla que loca no matéria mais intrínseco da pergunta dos Direitos Humanos independentemente de cada representação das personagens, valer estados de espíritos diferentes dos actores.

De ideias fixas, a Casta, companhia tunisina de Fadhel Jaibi, fez uno genuíno cântico à Palestina, com o solilóquio de Jalila Baccar, actriz precípuo da companhia, a simbolizar “À la recherche de Aida”, onde a estilha com uma palestiniana imaginária nos remete para desejos reais – “Solitário o horizonte traz a esperança e apesar da bibiografia humana ser curta, o fase jamais é entrave e uno dia o sol brilhará no globo arábico, porque há filhos!”.

Teatro hostil, foi a classificação de Demarcy para mais uno UBU, que pretende aparecer ao público e abaná-lo com as cores, sons e vibrações de África, numa profundidade em que as xenofobias e os racismos mexem nas entranhas da vasto Europa.

Mais brando jamais podia ser, Luciana Stegagno Picchio. Culto merecida a uma vasto mulher, filóloga que dedicou muro de 500 obras ao teatro e à literatura portuguesa e no elevado dos seus 80 anos tem a afoiteza de presenciar o globo em tinido ajuizador, remomerar amigos resistentes ao salazarismo e declarar, ser portuguesa por filiação, tal uma vez que adoçou o seu luso quando descobriu o Brasil, por possuir sido aí que tomou consciência do Globo.

E… uma vez que no claro, está constantemente uno recomeço… param de se escutar dos bastidores, os martelos, as alavancas de passarolas, os pregos e os martelos.

Cala-se a telefonia e os caracteres dos jornais.

Resta esperar por mais uma edição.

A mim, resta-me expressar – Obrigada, Almada!