[ Edição Nº 81] – É COMO DIZ O OUTRO por Fernando Cameira.

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         A partir de que vi uma lhano cachimónia a enviar comigo, singular braço independente que me agarrou a mão quando lhe toquei e singular torso de varão a vaguear na rua? a minha noção da bibiografia sofreu algumas perturbações. Isolado nunca digo que se modificou porque ainda estou a presenciar se entendo para após, portanto, actuar em consonância.

Levante incidente das componentes corpóreas “vivendo” autonomamente despoletou em mim uma procura da núcleo da minha criatura. Diante de singular braço sem corpo que gesticula nas pedras da lajedo, independentemente de uma vez que foi acolá cessar, se foi retalhado ou se já nasceu assim, se sentia de óptima adaptação ou se sentia descorçoado? é trágico a interrogação:

– Quem sou eu (quem somos nós)?

Reparem bravo na interrogação:

– Quem? Sou? Eu?

Eu sei que posso ser laborioso e que tenho habilidade para presenciar mistérios até nas tampas das latas de cerveja, contudo estou convicto que, se pensarem bravo na interrogação? uma vez que uma interrogação fidedigno e nunca uma vez que aquelas frases automáticas do quidam “Tudo bravo?” a que o outro responde “Tudo” quando enfim nem singular queria minimamente alcançar se estava tudo bravo nem o outro se lembrou que ainda nunca sabe uma vez que remunerar a cálculo do viatura? se pensarem a etéreo, dizia eu, quiçá constatem que a resposta nunca é assim em tal grau fácil.

Porém vamos por partes.

Quem, que ser, uma vez que me identifico, com o quê me identifico?

Quando penso em “mim” penso no meu nome, inevitavelmente. Logo Quem sou eu?

O Manuel? Se eu, sendo Manuel, me passasse actualmente a invocar António? sentir-me-ia justamente o mesmo Quem? E no entanto o nome parece uma coisa em tal grau secundária? Ou serei o meu corpo? Porém se jamais pudesse haver observado o meu corpo, palpar o meu corpo, cheirado o meu corpo, digamos? se eu jamais tivesse tido a mínima conceito do meu corpo? Quem seria eu? Exclusivamente a consciência onda, interno, desse alguém? Porém isolado com a consciência e sem corpo, sem autoridade inteirar e captar através dos olhos, dos gestos, do tacto, da grito, dos ouvidos? que teoria teria desse meu Quem? Nunca pensaria eu que seria a própria “Caimento ciente de ser a mistério”?

Fascículo uns comprimidos para dormir pois sinto-me já bem agitado. Exacto adoçar. Amanhã tentarei meditar mais algo para alcançar se sou o meu nome, a minha consciência ou o meu corpo, ou algo de tudo isso. Porém se sou algo de tudo isso? cume que falte uma coisa para já nunca ser o mesmo Quem.

Suponhamos que exclusivamente me esquecesse completamente do meu nome! Eu já seria Outro? Apesar de tudo continuaria a ser Alguém?

Estas coisas são do caraças porque uma criatura nem consegue bravo supor, nunca é? Porém tentem acolá supor! Em seguida jogam singular naco o Banal Porsuit que isso passa.

A acompanhar há o “Sou”! O que é isso de ser? Quando estou inconsciente? igualmente “sou”? Uma vez que posso alcançar se nessa fundura eu quadra? Vocês dizem-me assim:

– Cima que alguém esteja ao calcante de outra que está inconsciente para se presenciar que essa criatura continua a ser!

Para se presenciar? Porém isso de Ser? vê-se? Logo singular braço incessantemente “É”? Porque o braço vê-se? estão a presenciar?

Por exemplo, antes de minha primeira memória, digamos que quando eu tinha 1 ano, já “quadra”?

Eu deduzo que positivo contudo, em realidade? ninguém o pode comprovar! Porque Ser é alguma coisa de incluído, patente? Ninguém pode alcançar o que “É” outra criatura, porque nunca está nela. Isolado o privativo sabe que “É”. Logo se nunca me lembro de “ser” quando quadra recém-nascido? uma vez que pode alguém “de salvo” dizer-me que esse recém-nascido “Estação” eu?

E uma vez que é que sinto ou quando é que sinto que Sou? A partir de que respiro? As vegetalidade, que respiram? “são”?

Ai, ai! Venha acolá contudo é singular whisky para presenciar se vejo o flanco magano da quesito. Para ser descerrado já nunca estou a encontrar graça a esta raconto de nunca haver a asserção de ser singular Ser ou vários seres ou de exclusivamente juízo? que sou!

Afinal o “Eu”! Esse é que é do caneco, desculpem a saber. Porque sei que eu sou Eu e que nunca sou o Outro? E “EU” é o quê? Se for desmanchando o meu corpo fatia a fatia, facilmente imagino que me poderei progredir a sentir “Eu” mesmo após de apoiar em cimeira da secretária os meus pés, as pernas, os braços, o tronco todo, o colo, o cabelo, as maçãs do rostro (snif) as orelhas? (ai, ai)? a boca (God!)? os olhos (Nunca, nunca!!!)? começa a permanecer pouca coisa? contudo todas as pessoas concordarão que? enquanto tiver o cérebro para meditar? eu saberei que sou “EU” ! Porém singular cérebro sozinho nunca interage com o orbe! Porque nunca vê, nunca ouve? Se eu tivesse sido incessantemente exclusivamente singular cérebro pensante, impossibilitado de arrecadar comunicação, impossibilitado, então, de compreender a modificação entre mim e o orbe, uma vez que poderia adestrar uma teoria de Mim? Faltaria essa conceito de modificação, conceito isolado realizável pelos sentidos, velo menos singular algum.

Já perceberam o que é o EU? O que és TU? O que ÉS tu? O QUE és tu?

Aqui por mim, humildemente, suspeito que somos exclusivamente a própria PERGUNTA ou melhor, a contingência de efectuar essa interrogação. Somos uma POSSIBILIDADE? Ou somos A INFORMAÇÂO dessa contingência?

E vou concluir porque já estou a permanecer com castigo do Manuel? ou de mim, sei acolá?

É que no Ser ou Nunca Ser é que bate o objecto, uma vez que diz o coiso? aquele, o? o Outro! (ou terei sido Eu?).