Por causa das obras numa ponte
Guerra aberta entre a Moita e Montijo
Os comunistas da Moita acusam a presidente da Câmara Municipal do Montijo, a socialista Maria Amélia Antunes, de desrespeito pelo acordo assinado no anterior mandato entre os autarcas daqueles dois concelhos, com vista à recuperação da ponte que liga Sarilhos Pequenos a Sarilhos Grandes. A posição do PCP vem reforçar as críticas da autarquia moitense à actuação de Amélia Antunes, que em Julho decidiu embargar as obras.
Uma atitude “claramente político-partidária“, é como os comunistas da Moita classificam a decisão da presidente da Câmara do Montijo que há cerca de um mês decidiu embargar as obras de beneficiação e alargamento da ponte que liga os dois concelhos.
A denúncia é feita pelo dirigente do PCP, Nuno Costa, que se manifesta solidário com a autarquia da Moita, liderada pelo comunista João Almeida, e que tomou a iniciativa de iniciar as beneficiações naquele equipamento.
Isto porque, segundo garantiu ao “Setúbal na Rede”, Amélia Antunes mandou embargar a obra do lado do concelho socialista, considerada “necessária à população que todos os dias atravessa a ponte”, e sem que para isso “desse explicações plausíveis“.
Desta forma, adianta o comunista, a proibição de continuar as obras da ponte que liga a Moita ao Montijo “vai contra o acordo firmado entre os dois municípios no anterior mandato“, segundo o qual as duas câmaras teriam decidido remodelar e alargar a ponte em conjunto, dividindo entre si as despesas da obra.
E Nuno Costa vai mais longe ao garantir que Amélia Antunes “não tem quaisquer razões para embargar a obra“, na medida em que, do ponto de vista financeiro, a Câmara da Moita acabou por assumir todas as despesas com os trabalhos.
Para além disso, acrescenta que se a preocupação do Montijo está nos impactes ambientais, “a presidente pode ficar descansada” porque o projecto tem o aval da Direcção Regional do Ambiente e da Administração do Porto de Lisboa, a entidade que tutela aquela área comum aos dois concelhos.
Insatisfeitos com a posição de Amélia Antunes, os comunistas prometem continuar solidários com a Câmara da Moita e iniciar um conjunto de acções para desbloquear a situação. Para já, adianta Nuno Costa, o PCP vai realizar acções de esclarecimento da população dos dois concelhos, que segundo acrescenta, “ficaram altamente lesadas pela decisão da presidente do Montijo“.