Ponte de Sarilhos ‘divide’ municípios
Montijo explica as razões do embargo
As críticas dos comunistas ao embargo, feito pela Câmara do Montijo, das obras de reconstrução de uma ponte de betão que liga este concelho ao concelho da Moita, levaram a edilidade dirigida pela socialista Amélia Antunes a tomar uma posição pública sobre o assunto. Por isso, a autarquia resolveu emitir um comunicado à população a explicar as razões que a levaram a embargar as obras.
De acordo com a Câmara Municipal do Montijo, as obras iniciadas pela Câmara da Moita foram embargadas porque “não tiveram a aprovação do proprietário do terreno” e, para além disso, poderiam constituir “um verdadeiro crime ambiental numa zona que deve ser preservada”.
Assim, a vereadora Honorina Luizi, que substitui a presidente Amélia Antunes, agora candidata às eleições legislativas, garantiu ao “Setúbal na Rede” que a Câmara defende a recuperação da ligação entre Sarilhos Grandes e Sarilhos Pequenos, desde que o proprietário dê o seu aval.
Mesmo assim, a autarquia não concorda que a ligação “passe a ser utilizada por veículos automóveis”, porque acredita não ser essa a melhor solução “para a qualidade de vida das pessoas de Sarilhos”.
Ainda de acordo com a vereadora Honorina Luizi, a autarquia montijense pretende apenas “recuperar a ponte para melhorar a ligação já existente entre as duas povoações“, sem qualquer intenção de aumentar o trânsito naquela zona do concelho.
Por isso, a autarquia socialista do Montijo defende que a melhor solução passa por uma ligação alternativa que, segundo a vereadora, “apesar de mais cara é a que melhor serve os interesses dos habitantes das duas localidades em causa.”
E por considerar injustas as acusações de “má vontade“, feitas pelos comunistas da Moita, a Câmara do Montijo afirma-se solidária com a população de Sarilhos Grandes e garante continuar na defesa dos seus interesses.
A autarquia apela ainda à população de Sarilhos Pequenos, integrada no concelho da Moita, para que lute por uma solução alternativa que permita “tirar esta freguesia do isolamento em que a CDU a tem mantido ao longo dos anos“.