[ Edição Nº 88] – Inaugurado centro de apoio a toxicodependentes do litoral alentejano.

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Apoio a toxicodependentes no litoral alentejano
Ministros inauguram Centro de Atendimento

       Desde o dia 3 de Setembro que os toxicodependentes de Sines, Santiago do Cacém e Vila Nova de Santo André, contam com uma nova estrutura de apoio nesta zona do litoral alentejano. Trata-se do Centro de Atendimento a Toxicodependentes (CAT), inaugurado pela ministra da Saúde, Maria de Belém, e pelo ministro Adjunto, José Sócrates.

Instalado em Vila Nova de Santo André, este CAT vai funcionar com técnicos de saúde desta área, que se disponibilizaram para oferecer algumas horas de trabalho, por semana, sendo que o quadro de pessoal vai também integrar um psicólogo para acompanhamento dos doentes.

Esta nova estrutura de saúde irá permitir a melhoria do trabalho realizado até então, uma vez que as consultas a este grupo de risco eram feitas no Centro de Saúde de Sines e sempre que era necessário tratamento mais adequado, os doentes eram encaminhados para o hospital de Santiago do Cacém.

Numa zona onde o consumo de drogas duras se faz sentir fortemente, e onde apesar de não existirem números concretos sabe-se que ultrapassa as duas centenas, a existência de um CAT é reconhecida por todos como indispensável. Uma ideia reforçada por um dos responsáveis do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (SPTT), presente na cerimónia.

E por saber da importância destes centros, garante o responsável, o Governo quase triplicou os investimentos nesta área, pelo que o número de camas disponíveis também tem vindo a aumentar a bom ritmo. Em contrapartida, o número de doentes que procuram estes serviços também tem subido de uma forma considerável, daí que o representante do SPTT tenha afirmado que “também os CAT’s estão em lista de espera“.

Segundo afirma, alguns desses centros contam com listas de espera na ordem dos 100 doentes, mas garante que nem tudo vai mal, tendo em conta que “a espera não ultrapassa as três semanas“. No entanto, deixou claro que “é urgente acabar com esta espera, já que se trata de indivíduos com necessidades muito específicas“.

Uma opinião partilhada pela ministra da Saúde, Maria de Belém, que centrou o discurso nos gastos feitos pelo seu ministério nesta área. Segundo a ministra, “as motivações que levam os toxicodependentes a procurar ajuda, poderão durar apenas algumas horas ou dias“, pelo que se torna necessário dar uma resposta rápida aos pedidos de ajuda.

Maria de Belém fez ainda questão de salientar que a toxicodependência é uma questão de “saúde publica” e, como tal, “todo o dinheiro gasto deve ser encarado como um investimento“. A ministra também fez questão de falar sobre as listas de espera, garantindo que é seu objectivo terminar com este problema. Quanto à falta de recursos humanos na área da saúde, Maria de Belém disse esperar que, com o reforço da formação de novos profissionais, “dentro de 10 anos” o problema possa estar solucionado.

Já para o ministro adjunto, José Sócrates, apesar de persistirem alguns problemas nesta área, o país tem evoluído, uma vez que “até há poucos anos a inserção era vista como um parente pobre“. Uma ideia que, segundo garante, mudou nos últimos três anos pelo facto do Governo “apostar fortemente nesta valência“.