Planeamento e Avaliação de Impactes Sociais
Congresso reúne participantes em Grândola
Cento e vinte participantes, entre estudantes, docentes e especialistas de diversos países da Europa, foi o resultado da realização do primeiro Congresso sobre Planeamento e Avaliação de Impactes Sociais, organizado em Portugal. O encontro ocorreu em Grândola, entre 6 e 9 de Setembro, e resultou numa tomada de posição sobre o futuro do litoral alentejano.
Os projectos de desenvolvimento regional têm de ser acompanhados por estudos relativos aos impactes sociais que essas mudanças poderão provocar junto da população local. Esta é uma das conclusões do congresso de Grândola, organizado pelo Núcleo de Sociologia e Planeamento do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), e que durante três dias reuniu 120 professores e estudantes de toda a Europa.
Segundo contou ao “Setúbal na Rede” Isabel Guerra, docente do ISCTE e membro da Comissão Organizadora do congresso, o tema do desenvolvimento local centrou-se em zonas do litoral alentejano consideradas sensíveis, como é o caso da península de Tróia, que irá ser alvo de restruturação através do novo projecto para a Torralta, a reestruturação da zona histórica de Grândola, e o projecto turístico das antigas minas do Lousal, conhecido por Relousal.
De acordo com esta docente e uma das intervenientes na discussão, para que o desenvolvimento se dê de uma forma equilibrada, “é necessário acompanhar os grandes projectos com a elaboração de estudos sobre os impactes sociais dessas mudanças“.
E no encontro, a grande preocupação dos intervenientes foi para o desenvolvimento do Alentejo e para as formas de captar massa crítica, de forma a combater a desertificação humana de que esta zona do país sofre há décadas.
Esta é uma das conclusões que ficará registada nas actas do encontro, que a curto prazo dará lugar a uma publicação promovida pela Comissão de Coordenação da Região Alentejo. A ideia partiu do próprio presidente da CCRA, Ernesto de Oliveira, um dos convidados do congresso, que referiu a importância da iniciativa para o desenvolvimento local e regional.