Maratona das bibliotecas de Setúbal
Em defesa do povo de Timor Loro Sae
No dia 8 de Setembro, as bibliotecas públicas municipais do distrito integradas na Rede Europeia das Bibliotecas por Timor, fizeram uma maratona de iniciativas junto da população. A ideia era sensibilizar a opinião pública para os massacres naquele território e permitir que a população se expressasse sobre o assunto.
Desde as nove da manhã até à meia noite de dia 8, a Biblioteca Municipal do Montijo manteve as portas abertas ao público, oferecendo diversas iniciativas culturais dedicadas ao povo de Timor Loro Sae.
Uma acção que a responsável da autarquia pela iniciativa, Dora Leitão, classificou de “um sucesso“, tendo em conta a quantidade de visitantes que compareceram à chamada “feita quase em cima da hora“, acrescenta.
Entre as 21 horas e a meia noite, foi realizada uma vigília sob o lema “Vemos, Ouvimos e Lemos, Não Podemos Ignorar”, que segundo esta responsável, serviu para dizer a todos os cidadãos que em Timor “estão em causa os valores civilizacionais” inscritos no manifesto da Unesco para as bibliotecas públicas: liberdade, democracia e tolerância.
De acordo com Dora Leitão, as dezenas de visitantes puderam ainda observar uma exposição de recortes de artigos de jornais nacionais sobre os massacres em Timor Loro Sae, puderam ouvir e ver os acontecimentos através dos rádios e das televisões instaladas no local, e tiveram oportunidade de enviar mensagens via e-mail, para o presidente dos Estados Unidos e da Indonésia e para o Secretário Geral das Nações Unidas.
O mesmo tipo de iniciativa ocorreu nas outras bibliotecas municipais do distrito, ligadas à Rede Europeia de Bibliotecas Por Timor, como foi o caso da biblioteca da Moita onde foram ainda realizadas acções de carácter sócio-cultural.
Segundo o vereador do pelouro da Cultura daquele município, José Manuel Fernandes, tratou-se de “uma pequena ajuda” à causa