[ Edição Nº 91] – Seixal Jazz com propostas cada vez mais arrojadas.

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Com dezenas de grupos internacionais de peso
Seixal Jazz 99 arranca a 24 de Outubro

       Entre 24 de Outubro e um de Novembro, o Fórum Cultural do Seixal volta a receber mais uma edição do Seixal Jazz, um festival internacional organizado pelo produtor artístico Paulo Gil e pela edilidade seixalense. E de acordo com a organização, a edição deste ano traz propostas ainda mais arrojadas.

De Grand Slam a Cindy Blackman Quartet, passando por Odean Pope e pelo Quinteto de Carlos Bica, a oferta do Seixal Jazz é este ano “mais variada” e inovadora, já que, pela primeira vez conta com grupos do chamado “jazz vanguardista”.

A novidade foi avançada ao “Setúbal na Rede” pelo produtor artístico do festival, Paulo Gil, o mentor deste certame criado há quatro anos em conjunto com o actual presidente da autarquia, Alfredo Monteiro, na altura vereador na Câmara Municipal.

E embora diga que gostaria de “ter mais artistas consagrados” no certame deste ano onde o jazz convencional será ‘cortado’ pelos relativamente novos sons de vanguarda, Paulo Gil sempre vai dizendo que este ano oferecerá também a leitura de uma outra vertente do jazz, que passa pelas sonoridades afro-cubanas.

Paralelamente aos concertos naquele que é já considerado um dos mais importantes festivais da Europa e o melhor do país, o certame contará ainda com diversas iniciativas como debates sobre a música e o mercado discográfico e uma exposição denominada “Cem Discos Sem Capas”, feita com parte do espólio que Luís Villas Boas cedeu ao Hot Club antes de falecer.

As razões apontadas por Paulo Gil para a realização de um festival de qualidade superior, este ano, são também defendidas pela Câmara Municipal do Seixal, a entidade co-organizadora da iniciativa. E tendo em conta o “grau de performance” dos mais de cem artistas convidados para as diversas edições, a chefe da Divisão de Acção Cultural do município, Teresa Ré, manifesta muito “optimismo” quanto ao futuro deste certame.

Quanto aos apoios financeiros é que já não se mostra lá muito animada. Isto porque Teresa Ré não se conforma com os três mil contos oferecidos anualmente pelo Ministério da Cultura, quando “o Governo sabe” que as despesas de cada edição ascendem aos 35 mil contos. E embora receba apoios do Ministério da Cultura e da Região de Turismo de Setúbal, os subsídios ficam tão aquém do necessário que, segundo acrescente Teresa Ré, a autarquia seixalense é quem acaba por disponibilizar a maior parte do dinheiro.