Sines quer planos de desenvolvimento
Instituto Superior Técnico já está no terreno
O executivo da Câmara Municipal de Sines aprovou a assinatura de um protocolo com uma equipa de investigadores do Instituto Superior Técnico, com vista à elaboração de diversos planos de pormenor e um plano de desenvolvimento económico, social e urbano do concelho. A ideia, segundo o presidente da Câmara, é progredir no sentido do equilíbrio daquele concelho do litoral alentejano.
A procura de um instrumento capaz de dar pistas para a promoção de um “equilíbrio sustentado” entre as vertentes industrial e rural do concelho de Sines foi a razão que levou à aprovação da assinatura do protocolo com o Instituto Superior Técnico.
A explicação é dada ao “Setúbal na Rede” pelo presidente da autarquia, Manuel Coelho, que diz ter o concelho chegado a um ponto em que “os investimentos previstos exigem a formação de estratégias equilibradas para o futuro”. Na base desta decisão estão os recentes investimentos que farão do porto de Sines um porto de águas profundas e as obras para a construção do terminal de gás natural.
E no meio deste desenvolvimento continua a ser necessário “proteger a agricultura e as pescas”, particularmente esta última actividade que em Sines “representa boa parte dos postos de trabalho”, acrescenta o autarca, que enfatiza ainda a necessidade de convivência destas actividades com a do turismo.
E foi precisamente tendo em conta os três principais pilares de desenvolvimento do concelho de Sines – a plataforma industrial e portuária, o turismo e as pescas – que a autarquia solicitou a intervenção dos especialistas do Instituto Superior Técnico, que têm por missão elaborar um plano de desenvolvimento económico, social e urbano.
O documento abordará as formas de convivência entre as diversas áreas económicas ali existentes, as possibilidades de captação de novas empresas para o concelho, a intervenção social junto da população mais carenciada e ainda a melhor forma de desenvolver as zonas urbanas e as áreas turísticas, promovendo, ao mesmo tempo, um bom ordenamento do território.
Este documento será elaborado por fases e será discutido entre os promotores e todas as entidades sociais e económicas do concelho, garante o presidente da autarquia comunista. Para além deste plano, dentro de seis meses os especialistas terão de apresentar à autarquia diversos planos de pormenor, entre eles os da zona norte e sul do concelho, e o plano para a recuperação da zona histórica.