[ Edição Nº 93] – Estudantes de Setúbal lançam campanha para construir escolas em Timor Loro Sae.

0
Rate this post

Para construir escolas em Timor Loro Sae
Estudantes de Setúbal lançam campanha

          A Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), responsável pelos estabelecimentos de ensino da Área Metropolitana, aderiu à ideia lançada por estudantes do ensino secundário no sentido de desencadear uma campanha de recolha de fundos para a construção de novas escolas em Timor Loro Sae. A campanha foi apresentada no dia 6 de Outubro, envolve todas as escolas da península de Setúbal e não tem data para terminar.

“Timor Loro Sae Não Pode Esperar – As Escolas São Solidárias”, é o lema da campanha que a partir desta semana será lançada nas escolas de todos os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, o que inclui estabelecimentos de todos os graus de ensino da península de Setúbal.

A ideia, lançada por um grupo de estudantes de Lisboa foi ‘apadrinhada’ pela DREL que agora “coordena as operações” de recolha de fundos para construir escolas e infra-estruturas ligadas ao ensino em Timor Loro Sae. A novidade foi avançada ao

por José Evangelista, o responsável da Coordenação da Área Educativa da Península de Setúbal (CAE), a estrutura local da DREL.

Assim, a partir desta semana, estará aberta uma conta bancária na Caixa Geral de Depósitos, com o número 0081095657830, destinada a recolher verbas para a construção de esquipamento escolar em Timor Loro Sae.

E para os que preferem adquirir material alusivo ao território, José Evangelista avança com a comercialização de centenas de kits contendo T-Shirts, autocolantes, cartazes, pins, bonés, colecções de postais desenhados por professores e alunos, e ainda miniaturas de crocodilos-sol, o animal mitológico que a tradição diz ter dado origem à ilha de Timor. Estes kits estão a ser distribuídos por todas as escolas da península de Setúbal, para venda entre a população escolar e a população em geral.

O responsável da CAE acredita no êxito desta campanha, que só terminará “quando houver dinheiro para construir as escolas necessárias” em Timor Loro Sae. Um optimismo que diz ser “realista”, na medida em que só nas escolas estão envolvidas 600 mil pessoas, entre funcionários, professores e alunos.

Pelas contas de José Evangelista, basta que “cada uma destas pessoas dê mil escudos”, para que, numa primeira fase, as verbas ascendam aos 600 mil contos. Mas como a causa é nobre e “tem mobilizado toda a gente”, o responsável da CAE está confiante de que toda a população “irá aderir” a esta campanha de solidariedade.

A acção desencadeada pelos estudantes e pelos professores, com a ajuda da DREL e da CAE, conta ainda com o apoio do Secretariado Entre Culturas, do Ministério da Educação e do Comissário para a Transição de Timor, padre Vítor Melícias.