Salinas do Samouco vão ter vertente pedagógica
Câmara assinou protocolo com a AFLOPS
As salinas do Samouco, que incluem o Museu do Sal, vão ser alvo de intervenção a partir do próximo ano. O protocolo que pretende desenvolver estudos para transformar a zona numa área de turismo ambiental de vertente pedagógica, foi assinado no dia 18 de Outubro entre a Câmara de Alcochete e a Associação de Produtores Florestais da Península de Setúbal, no âmbito do projecto Life Natureza.
Requalificar os espaços exteriores ao Museu do Sal, criar um percurso pedonal pelas salinas e instalar equipamentos que permitam a identificação e interpretação da riqueza ambiental, sem causar estragos no ecossistema, são alguns dos objectivos do protocolo assinado no dia 18, que prevê o início de estudos sobre o local, de maneira a conhecer as potencialidades da área das salinas.
A ideia, segundo contou ao “Setúbal na Rede” o presidente da Câmara de Alcochete, Miguel Boieiro, é saber de que forma se deve proceder a “uma intervenção profunda” naquela área protegida, de modo a permitir a preservação das salinas e, ao mesmo tempo “dar a conhecer o ecossistema daquele local”, considerado um dos poucos do país.
Para além disso, a autarquia e a AFLOPS dizem-se empenhadas em criar um Centro de Educação Ambiental, em promover a aquacultura e, paralelamente, em “não deixar morrer” a actividade de extracção do sal, pela qual a vila de Alcochete é conhecida em todo o país, razão pela qual pretendem ainda “ressuscitar a actividade salineira”.
Para já, os especialistas da AFLOPS vão desencadear um estudo “aprofundado” sobre as potencialidades do local, de modo a que as conclusões “sejam divulgadas em meados do ano que vem”, acrescenta Miguel Boieiro.
Ciente de que esta tarefa “terá de contar com a parceria da sociedade civil”, o autarca diz-se optimista quanto ao futuro, uma vez que acredita haver “muita gente interessada em preservar este património”.