| Edição Nº 109 • 31/01/2000 |
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Direcção do Museu de Arqueologia garante A conservação do espólio do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS), bem como do edifício do século XVIII, onde o museu está instalado, “tem vindo a ser ameaçada” nas últimas semanas por força de um conjunto de obras particulares no rés-do-chão do edifício. A direcção do museu está preocupada e responsabiliza a Câmara de Setúbal. A denúncia partiu da directora do MAEDS, Joaquina Soares, que teme pelo futuro daquele equipamento “atingido por vibrações, escavações e ruídos oriundos da obra”. Em declarações ao “Setúbal na Rede” Joaquina Soares vai mais longe ao falar em “fissuras no edifício” e em “destruição do subsolo arqueológico”, por isso atira as culpas à Câmara de Setúbal que, no seu entender, “permitiu obras de beneficiação sem confirmar de que tipo de obras se trata”. É que segundo esta responsável, “não estamos perante beneficiações mas sim de obras mais profundas para a criação de um café com sala de jogos”. E esta parece ser outra questão que assusta Joaquina Soares que fala em má vizinhança e “mau exemplo para as crianças das escolas que nos visitam”. Uma ideia já partilhada pela associação cultural Universidade Popular de Setúbal e pelos eleitos da CDU na Câmara de Setúbal, que pretendem questionar o executivo socialista sobre este assunto. Quem não partilha destas preocupações é a vereadora do pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal de Setúbal, Teresa Almeida, que garantiu ao “Setúbal na Rede” estar a directora do museu a “fazer uma tempestade num copo de água” pois nada indica tratar-se de um café. Mas mesmo que isso aconteça, à partida Teresa Almeida não vê mal nenhum relativamente à convivência entre estes dois serviços. Já quanto às queixas relacionadas com a destruição do subsolo e às fissuras nas paredes, a vereadora diz nada saber, tendo em conta que ainda não recebeu o relatório da equipa que vistoriou o local. No entanto, mantém-se disponível para voltar a verificar eventuais problemas no edifício e “resolver as questões essenciais” o mais rapidamente possível.
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