Edição Nº 114 • 06/03/2000 |
Para divulgar a agricultura nacional Convicto de que o que é nacional é bom, o empresário agrícola palmelense, João Barroso, resolveu mostrar a todo o país que os produtos agrícolas de Portugal têm qualidade. Por isso, no dia 2 de Março iniciou uma volta a Portugal em charrete e durante quatro meses e meio irá divulgar o que o país produz de qualidade. Numa altura em que os consumidores preferem os produtos agrícolas estrangeiros “apesar dos produtos nacionais serem muito superiores e de preços mais agradáveis”, é preciso desenvolver uma campanha de sensibilização que “inverta esta ordem de coisas e dê à nossa agricultura o lugar que merece”. A convicção é do empresário agrícola João Barroso, mais conhecido por João dos Potes, que para chamar a atenção das populações e do poder central para os problemas de escoamento dos produtos portugueses, iniciou uma volta a Portugal numa pequena charrete e na companhia de cinco pessoas que o vão ajudar nos quatro meses e meio de viagem que tem pela frente. Na partida para a primeira etapa, entre Palmela e Alcácer o Sal, o empresário contou ao “Setúbal na Rede” que se sente na obrigação de tomar uma medida “já que ninguém faz nada para melhorar o estado da nossa agricultura”. Por isso, levou a charrete cheia de cestos de fruta da região de Setúbal “para oferecer a quem aparecer” nomeadamente os autarcas e os governadores civis de todos os distritos “que queiram receber esta comitiva”, adianta. Por outro lado, como quer dar a conhecer os produtos das regiões por onde vai passar, João Barroso promete abastecer-se à medida que for avançando e “distribuir todos esses produtos por quem passar”. Isto porque, à semelhança do que ocorre no distrito de Setúbal, “é lamentável ver os hipermercados deste país a vender frutas e legumes desde o Equador à América latina, em detrimento dos portugueses que até têm mais qualidade e sabor”. Embora admita a complexidade da tarefa que se propôs desenvolver, quer pela campanha que pretende assinalar quer por eventuais problemas decorrentes de uma longa viagem de charrete, o empresário de Palmela diz estar convencido de que a volta “correrá bem em todos os aspectos”, pelo só conta regressar a Palmela “com a missão cumprida”, ou seja, daqui a 150 dias. |