Sistema de resíduos custou mais de dois milhões
Litoral alentejano tem novo tratamento de lixo
No dia 1 de Março, mais de duas mil crianças de diversas escolas dos concelhos do litoral alentejano deslocaram-se a Ermidas, no concelho de Santiago do Cacém, para a pré-inauguração do novo aterro sanitário intermunicipal que vai passar a servir Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola, Sines, Odemira, Aljustrel e Ferreira do Alentejo. Com esta medida, os municípios consideram encerrada a questão das lixeiras que afectava a qualidade de vida dos cidadãos.
Por iniciativa da Associação de Municípios do Litoral Alentejano (AMLA), foi criada uma associação intermunicipal para a gestão regional do ambiente, a AMAGRA, que é agora a responsável pela implementação e gestão do novo aterro sanitário a inaugurar oficialmente no dia 13 de Março.
Mas como se trata de “um marco na história destes concelhos, uma vez que conseguiram erradicar as lixeiras a céu aberto”, os municípios associados resolveram fazer uma inauguração prévia com o duplo intuito de assinalar a obra e de “sensibilizar os cidadãos para a recolha e separação dos resíduos urbanos”. A afirmação é de Ricardo Pena, um dos responsáveis pela gestão deste projecto, que garantiu ao
“Setúbal na Rede” ser este um dos equipamentos de que a região mais necessita.
Convencido de que o novo aterro, a entrar em pleno funcionamento dentro de três meses quando estiver concluída a Estação de Tratamento de Águas Residuais, este responsável diz que o novo sistema de tratamento dos resíduos sólidos urbanos significa “uma mais valia” para o ambiente e a garantia de “um combate diário a eventuais novas lixeiras clandestinas”. Uma garantia dada quer pela actuação da AMLA quer “pelas vistorias a cargo da Direcção Regional de Ambiente do Alentejo”, acrescenta.
Esta nova infra-estrutura básica vai funcionar em rede com um sistema de recolha e de separação de lixos a implementar ao longo deste ano nos municípios envolvidos no projecto, pelo que a segunda fase que prevê a recolha separativa do vidro, do papel-cartão e de outras embalagens, contará com a construção de um centro de triagem e a colocação de 271 ecopontos e de sete ecocentros.