[ Edição Nº 118] – Verdes voltam a questionar sobre análises aos terrenos da Metalimex.

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Análises aos terrenos da Metalimex
Verdes querem explicações do Governo

          Os deputados do Partido Ecologista Os Verdes, eleitos por Setúbal, voltaram a questionar o Governo sobre o que é feito dos resultados das análises aos terrenos de Vale da Rosa que, durante mais de uma década permaneceram debaixo de cerca de 22 mil toneladas de escórias de alumínio. A exigência surgiu depois de quase dois anos de espera pela resposta ao primeiro requerimento sobre esta matéria, e que deveria ter sido respondido num prazo de três meses.

Os Verdes querem que o Governo explique o que foi feito das análises que o Ministério do Ambiente diz ter mandado efectuar aos terrenos da Metalimex, em Setúbal, no início de 1998, bem como às que foram feitas no dia em que as escórias foram retiradas sob a supervisão da então ministra do Ambiente, Elisa Ferreira.

É que desde então “nada se sabe sobre o estado dos terrenos que se suspeita estarem contaminados com dioxinas provenientes das escórias”, adiantou ao

“Setúbal na Rede” o deputado ecologista Fernando Pésinho. Uma suspeita que se avoluma ao referir que o requerimento enviado ao Governo, efectuado em Março de 1998, “ainda não obteve qualquer resposta”, adianta o deputado que se diz preocupado com o andamento deste processo.

Uma situação tanto mais preocupante quando Fernando Pésinho sabe que os terrenos de Vale da Rosa são compostos por extensas áreas agrícolas “regadas pelas águas das ribeiras junto à Metalimex” e que, por outro lado, é naquela zona do concelho que se situam alguns dos lençóis freáticos que abastecem o concelho de Setúbal de água potável.

Por isso não compreende “como é que se pode continuar descansado sem saber os resultados das análises”, adianta o deputado ecologista que já começa a suspeitar que “ou não foram feitas ou deram resultados comprometedores”. É por essa razão que Fernando Pésinho quer um esclarecimento por parte do Ministério do Ambiente, bem como a realização de análises periódicas às águas como tinha sido garantido oficialmente.