Edição Nº 123 • 08/05/2000 |
Eleições no Naval acabam com vazio directivo A demissão do presidente do Clube Naval Setubalense, Niny Mestres, na sequência da desmobilização ocorrida ao longo dos últimos meses por parte dos membros da equipa directiva, deixou um vazio de poder num dos mais importantes clubes do género em todo o país. Por isso, o histórico Jorge Costa, que presidiu à direcção durante vários mandatos consecutivos, foi novamente chamado a socorrer o clube. As eleições ocorreram no dia 5 e Jorge Costa voltou a responsabilizar-se pelos destinos do Naval. Com 101 votos a favor, 24 brancos e 12 nulos, Jorge Costa foi eleito presidente do Naval, um dia antes do clube assinalar 80 anos de vida. Um regresso para pôr ordem naquele que é considerado um dos mais importantes clubes do país, pelo que Jorge Costa admite ter aceite o desafio para aguentar ‘o barco’ “antes que vá ao fundo”. Questionado sobre as razões que levaram à fraca adesão dos associados ao acto eleitoral de dia 5, Jorge Costa garante que 137 eleitores até representam uma boa participação num universo dos cerca de seis mil sócios com direito a voto, uma vez que “sendo lista única, sabia-se à partida que ia ganhar”. Instado pelo “Setúbal na Rede” a comentar a gestão de Niny Mestres ao longo do mandato que acabou por interromper a meio, Jorge Costa admite desconhecer o estado em que o Naval se encontra e que só no final da semana, quando tomar posse, “a direcção tomará conhecimento da situação”. Daí que o novo presidente admita não saber por onde começar a nova gestão do clube. Seja como for, Jorge Costa está empenhado em acabar o ano que resta do mandato deixado para trás por Niny Mestres e promete, desde já, “uma recandidatura nas próximas eleições”. Até porque, segundo adianta “a actual equipa está motivada e disposta a trabalhar e a manter o nome” do Clube Naval Setubalense. Questionado sobre as razões que o anterior presidente apontou para alguns dos problemas com que o clube se debate, e que apontam para a falta de ajuda por parte da Câmara Municipal de Setúbal, Jorge Costa é peremptório em afirmar que “o apoio que a Câmara dá agora é tanto quanto o que dava” durante a sua presidência, pelo que não vê neste argumento uma razão válida que justifique o vazio directivo que fez perigar a vida do clube. |