[ Edição Nº 131] – Câmara de Alcochete exige do Governo mais informação sobre incinerador de armamento.

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Edição Nº 13103/07/2000

Alcochete às voltas com incineradora militar
Câmara queixa-se de falta de informação

         O presidente da Câmara de Alcochete, Miguel Boieiro, exige que o Governo forneça à autarquia o dossier completo com o estudo de avaliação ambiental sobre a implantação de uma incineradora de armamento militar no concelho. O problema está no facto de ter sido entregue ao município um pequeno resumo do documento, que o presidente da autarquia considera manifestamente insuficiente para emitir um parecer fundamentado.

Afinal, o estudo ambiental que Alcochete pediu ao Governo ainda não chegou, tendo em contrapartida, sido enviado um resumo do documento solicitado. E a Câmara está furiosa com a troca porque, embora admita que do ponto de vista legal não tem poder para interferir no processo desencadeado pelo Governo em terrenos do Estado, Miguel Boieiro considera que o conhecimento sobre o dossier “é um direito da autarquia e da própria população”. Assim, avisa, desde já que se daí surgirem problemas para a saúde pública, o município irá opor-se ao projecto e denunciá-lo junto da opinião pública.

Segundo adiantou ao

“Setúbal na Rede”, a situação está novamente num impasse, com autarquia “outra vez à espera dos documentos solicitados ao Ministério da Defesa”, uma vez que o executivo rejeito o resumo entregue por um administrador da IDD logo a seguir à decisão governamental de avançar com o projecto naquele concelho.

Para já, Boieiro não é contra a criação de uma unidade de eliminação deste tipo de resíduos, e o que o autarca pretende é “garantir qualidade ambiental e a salvaguarda da segurança das populações” residentes em volta dos terrenos militares. Seja como for, depois de efectuada a análise técnica, o documento terá ainda de passar pela aprovação do executivo municipal e da própria Assembleias Municipal.

A incineradora de armamento militar obsoleto será localizada junto à fábrica de explosivos Extra, numa área pertencente ao Estado e que está ‘encravada’ entre duas reservas naturais, junto ao IC13 e próxima de um aglomerado populacional.

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