[ Edição Nº 131] – Verdes exigem explicações do Governo sobre abate de sobro em Palmela.

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Abate de sobreiros ‘irrita’ Verdes
Ecologistas querem explicações do Governo

          O receio de que “o crime compense” no caso do abate consecutivo de montado de sobro, que ao longo do último ano tem vindo a ocorrer um pouco por todo o distrito, levou o partido ecologista Os Verdes a exigir explicações ao Ministério da Agricultura sobre o que vai acontecer à empresa responsável pelo abate de mais de 400 sobreiros em Palmela depois desta ter visto chumbado o requerimento feito à Direcção Regional de Agricultura.

O pedido de explicações foi feito pela deputada ecologista eleita por Setúbal, Heloísa Apolónia, que se diz convencida de que a actual política para este sector não funciona. E o exemplo, segundo adianta, foi o caso ocorrido há cerca de duas semanas, em Águas de Moura, no concelho de Palmela, onde uma empresa de construção civil aproveitou um feriado para abater 411 sobreiros à revelia do ‘chumbo’ feito pela Direcção Regional de Agricultura.

Assim, a parlamentar eleita por Setúbal pretende saber das medidas a tomar no sentido de penalizar a Urbimeta que, entretanto, teve de pagar uma coima de cerca de oito mil contos pela destruição do montado. É que no entender da deputada, a sanção aplicada nestes casos chega a indicar que “o crime afinal compensa”, uma vez que depois de paga a multa as empresas levam em frente os empreendimentos pretendidos.

De acordo com o grupo parlamentar dos Verdes, os responsáveis pela destruição de sobreiros – uma espécie protegida por lei – devem ser “penalizados” e obrigados a repararem o dano, nomeadamente através da replantação, contudo o que se tem verificado é o avanço das obras depois de arrasados os montados de sobro.

Terá sido o caso da TRIVE, em Setúbal, adianta a parlamentar ao referir a construção de um entreposto automóvel a seguir ao pagamento de uma multa pelo abate de dezenas de sobreiros protegidos por lei. Por outro lado, Heloísa Apolónia quer saber das medidas que o Ministério da Agricultura poderá vir a tomar no sentido de “evitar este tipo de situação”, nomeadamente no que diz respeito à articulação de acções com as autarquias tendo em conta que são estas as responsáveis pelo ordenamento dos respectivos territórios.