[ Edição Nº 133 ] – União de Sindicatos garante que a luta não vai de férias.

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Luta dos sindicatos não vai de férias
CGTP exige melhores condições de emprego

        A luta por melhores salários e melhores condições de emprego “não vai de férias”. Esta é a garantia dada pela União de Sindicatos de Setúbal durante a Tribuna pelos Salários e o Emprego organizada pela USS no dia 12 de Julho em Setúbal com a presença de Manuel Carvalho da Silva, secretário geral da CGTP.

Para Carvalho da Silva, a região de Setúbal, por ser a mais industrial do país, “dispõe de capacidades excepcionais” quer no ponto de vista da indústria quer no ponto de vista dos serviços, e por isso “não irá perder o seu lugar privilegiado no contexto do desenvolvimento do país”.

No entanto, segundo os membros dos sindicatos presentes, a maioria das empresas do distrito parece orientar-se cada vez mais para a substituição de contratos efectivos para contratos a prazo e pela diminuição dos salários, colocando em risco os locais de trabalho de centenas de pessoas.

“O governo agiu de má fé e não cumpriu as promessas de igualar os salários e as condições de emprego à média europeia”

, afirma Rui Paixão, coordenador da União de Sindicatos de Setúbal, que lamenta que o governo tenha dado a ideia de manter uma inflação estável de 2,5% e depois aumente os combustíveis, “comendo assim o aumento salarial”.

Quanto ao distrito de Setúbal, Rui Paixão garante que o desemprego é de cerca de 10.5%, “o mais elevado do país”, onde cerca de 7 a 8 mil posto de trabalho “estão em risco”, pelo que afiança que os trabalhadores vão estar motivados para a continuação das reivindicações, através de plenários e, sobretudo, mais greves.

A tribuna terminou com a aprovação por unanimidade de uma série de propostas relativas a salários, segurança social, política fiscal e emprego, que foram entregues no Governo Civil de Setúbal.

A par desta tribuna, esteve a manifestação dos trabalhadores das autarquias locais, organizada pelo STAL, que se juntou à União de Sindicatos para manifestar o seu desagrado quanto ao aumento salarial dos 2.5% que, para Fernando Paulino, do STAL, “não é justo tendo em conta o aumento de combustíveis e das taxas de juro”.

O STAL reivindica um aumento de 3% e 3 mil escudos mínimos de aumento intercalar do retroactivo de 1 de Janeiro 2000. Outra questão passa pelo suplemento de insalubridade, penosidade e risco, que ainda não foi regulamentado e que se encontra congelado. O STAL promete avançar também para a continuação das lutas e das greves.