Numa tentativa de criar receitas ao Vitória
Sócios aprovaram sociedade imobiliária
A Assembleia Geral de sócios do Vitória de Setúbal já deu ‘luz verde’ à direcção para a criação da sociedade imobiliária que irá readquirir o terreno do campo de treinos pelo preço a que foi vendido. Uma decisão tomada na reunião de dia 27 de Julho e que fará o VFC parceiro do Banco Português de Negócio (BPN). No entender da direcção sadina, este passo poderá significar o caminho para a saúde financeira do clube do Bonfim.
O Vitória de Setúbal vai comprar o terreno do campo de treinos, vendido no tempo da anterior direcção, para ali implementar o projecto imobiliário previsto pela empresa que adquiriu aquele valor imobiliário. Assim, poderão ser criados motivos de captação de investimentos, o que para a direcção é “sinal de que as coisas vão melhorar” garante Mariano Gonçalves, vice-presidente da direcção e presidente da Sociedade Anónima Desportiva.
Embora satisfeito por reaver o terreno do Bonfim, o presidente da SAD vitoriana sempre vai dizendo que a tarefa maior estará agora em rever o projecto no sentido de o rentabilizar e começar a campanha de promoção deste novo meio de financiamento, já no final deste ano.
De acordo com o presidente da SAD, o terreno do campo de treinos será comprado pelo mesmo preço a que o clube o vendeu há um ano, 306 mil contos, num negócio a efectuar com a sociedade que o adquiriu à direcção então liderada por Sousa e Silva. Ao que tudo indica, no terreno será implementado um projecto imobiliário que prevê a construção de fogos para habitação e de zonas de exploração comercial.
Na última Assembleia Geral do Vitória foi ainda dado a conhecer aos sócios o andamento do processo de constituição da Sociedade Gestora de Participações Sociais (SGPS), que deterá 11% do capital da SAD onde o clube do Bonfim é já detentor de 40%.
Por outro lado foi ainda decidido “pacificar o clube de vez”, no sentido do Vitória conseguir obter a estabilidade que a direcção pretende. E Mariano Gonçalves adianta que tal decisão implicou a anulação das queixas apresentadas em tribunal pela anterior direcção, liderada por Sousa e Silva, contra alguns elementos da direcção sadina que o antecedeu e que foi liderada pelo construtor civil Justo Tomás.