[ Edição Nº 137 ] – Volkswagen interessada em recuperar antiga fábrica da Renault em Setúbal.

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Negociações para a produção do Lupo
Volkswagen pode recuperar Sodia

       A multinacional Volkswagen tem vindo a negociar com o Governo português a aquisição da Sodia

, ex-Renault, para um investimento na ordem dos 300 milhões de contos tendo em vista a produção do Lupo, o novo modelo automóvel. As negociações implicam ainda medidas que assegurem a continuação da laboração da AutoEuropa, instalada em Palmela. As intenções da multinacional foram já confirmadas pelo Governador Civil de Setúbal e pela administração da AutoEuropa. A reconversão das antigas instalações da Sodia, a fabricação do VW Lupo e medidas para garantir trabalho à AutoEuropa quando em 2004 terminar a montagem do Ford Galaxy, são alguns dos pontos em cima da mesa de negociações entre a administração da multinacional alemã e o Ministério da Economia liderado por pina Moura.

As aspirações do grupo foram já confirmadas pela porta voz da AutoEuropa, Carmo Jardim, que garantiu ao

“Setúbal na Rede” estarem a decorrer encontros bilaterais no sentido de “chegar a acordo” quanto às possibilidades de investimento alemão na Sodia cujas portas fecharam há cerca de dois anos por abandono dos franceses da Renault.

De acordo com Carmo Jardim, as negociações vão mesmo no sentido de “recuperar as instalações da Sodia e fabricar o Lupo”, mantendo ao mesmo tempo a operacionalidade da fábrica de Palmela. Questionada sobre se a decisão de montar este modelo numa unidade que não a da AutoEuropa poderá colocar em risco o futuro da fábrica de Palmela, Carmo Jardim garantiu que “a fábrica veio para ficar e tenciona continuar o seu trabalho por muitos mais anos”. Ou seja, a administração da empresa está confiante de que o seu maior accionista irá “encontrar alternativas” ao Ford Galaxy, cujo contrato de produção termina dentro de quatro anos.  Quem também está animado com esta perspectiva é o Governador Civil de Setúbal, Alberto Antunes, que já fez saber da sua satisfação quanto às negociações em curso. De acordo com o representante do Governo no distrito, trata-se de “uma boa oportunidade” para a criação de mais postos de trabalho e de revitalização do tecido laboral da região.De referir que a década de 90 foi uma das piores no que diz respeito ao investimento estrangeiro em Portugal, tendo-se registado a entrada de 103 milhões de contos, o que significa apenas 0,5% do Produto Interno Bruto.