[ Edição Nº 138 ] – Vitória de Setúbal inicia campeonato vencendo Imortal por 3-2.

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Vitória de Setúbal começa a ganhar
Golo feliz decide o jogo

        O Vitória de Setúbal iniciou o campeonato da II Liga, frente ao Imortal de Albufeira, com uma vitória por 3-2. Este foi um jogo muito emotivo, onde se deram várias mudanças na liderança do marcador, em virtude do grande desacerto por parte de ambas as defesas. O VFC no final foi mais feliz, com um golo quase do meio-campo, por Nelson Veiga, que contou com a ajuda do guarda-redes do Imortal, Ituarte, que tinha feito até aí uma boa exibição. No final do jogo, o director executivo da SAD do Vitória, Jorge Pereira, veio justificar a ausência do controlo anti-doping, mais uma polémica no futebol nacional.  

Árbitro: José Leirós

Vitória Futebol Clube:
Brassard; Nelson Veiga; Paulo Filipe; Quim; Fernando Mendes; Humberto; Hélio (Cap.); Sandro; Paulo Ferreira; Marquinhos; João Paulo.
Treinador:
Rui Águas

Alinharam ainda pelo VFC: Ao intervalo saiu Marquinhos e entrou João Pedro; aos 70m saiu Humberto e entra Manuel do Carmo; aos 83m saiu Paulo Filipe e entra Rui Miguel.

Imortal D. Clube: Ituarte; José Joaquim; Álvaro; Paixão; Shcalamanov; Serodio (Cap.); Pedro; Kassoumov; Beto; Jorge Matos; Lito.  Treinador: Paco Fortes

Alinharam ainda pelo Imortal: Aos 70m saiu Beto e entrou Hélio; aos 79m saiu Kassumouv e entrou Doncic; aos 87m saiu Jorge de Matos e entrou Helcinho.

Disciplina: 10m Pedro; 34m José Joaquim; 64m Beto; 64m Álvaro; 85m Ituarte. Não houve cartões vermelhos.  

Golos:
1-0
Aos 10m, por Hélio na conversão de uma grande penalidade, cometida sobre Nelson Veiga.

1-1 Aos 18m, o ex-vitoriano Jorge Matos, após passe de Paixão, a aparecer isolado, sem marcação, frente a Brassard.

1-2 Aos 52m, Shcalamanov, após pontapé de canto marcado por Beto, a aparecer sem marcação na pequena área e de cabeça a não desperdiçar.

2-2 Aos 63m, na sequência de um pontapé de canto, Humberto a aproveitar uma defesa incompleta de guardião do imortal, e a empurrar para o empate.

3-2

Aos 92m, Nelson Veiga, do meio-campo, a efectuar um centro, que para grande surpresa de todos os presentes, foi presenteado com uma “oferta” do guarda-redes do Imortal.

No final do encontro, a SAD do Vitória, por intermédio do seu director executivo, veio a público manifestar o desagrado pela ausência do controlo anti-doping, que foi “pedido e pago atempadamente” à Federação Portuguesa de Futebol. Jorge Pereira, que entregou aos órgãos de comunicação presentes documentos comprovativos desta situação, fez questão ainda de referir que “o VFC está descansado e limpinho” e “não admite ser tratado desta forma”, sem ter uma justificação para a ausência do referido controlo. 

Um golo feliz, já em período complementar, deu três pontos preciosos ao Vitória de Setúbal, que desta forma começa com o pé direito, após um inicio de jogo prometedor, com os seus jogadores mais adiantados a movimentarem-se bem na frente de ataque, e com o meio-campo  sadino a pressionar e a não deixar jogar o Imortal, que tinha enormes dificuldades em sair com a bola do seu  terreno defensivo.

Na sequência do futebol mais ofensivo do VFC, num lance de bola parada, resulta a grande penalidade cometida sobre o jogador sadino, Nelson Veiga. Isto aconteceu aos 10 minutos, com Hélio a converter com êxito. A partir daí, acabou a primeira parte do VFC, como referiu o treinador do Imortal, Paco Fortes, “o Vitória entrou melhor nos primeiros 15 minutos, mas depois o Imortal conseguiu dominar”.

O Imortal, na sua primeira jogada de ataque, conseguiu marcar por intermédio de Jorge Matos, que apareceu isolado após falha de marcação dos centrais setubalenses e a não perdoar perante o guarda-redes Brassard. Então, a partir desse golo sofrido aos 18 minutos não foi possível ao Vitória “agarrar o jogo” e teve uma “reacção nula ao empate”, segundo o técnico sadino, Rui Águas.

O VFC nunca mais se encontrou, sentia-se a falta de um jogador que conseguisse pautar o jogo do Vitória. O Imortal motivado pelo golo, começou a acertar na marcação aos atletas sadinos, mas felizmente para estes, não acertou na baliza, pois Kassumouv e Lito, perdoaram duas soberanas oportunidades de golo, não permitindo assim ao Imortal sair a ganhar ao intervalo.

A segunda parte começou com um Vitória novamente muito permeável na defesa dos lances de bola parada, situação para a qual “a equipa estava advertida, e que convém não repetir”, frisou Rui Águas. Na sequência de um pontapé de canto, o Imortal passa para a frente do marcador. Esperava-se que o Vitória despertasse, mas foi novamente o Imortal a estar mais perto do golo. Então a equipa começou a “a ser mais agressiva” e a “criar muitas chances”, como pediu Rui Águas no intervalo do jogo.

A reposta a este pedido não se fez esperar, surgindo o golo do empate por Humberto, na sequência de uma defesa incompleta do guarda-redes Ituarte. A partir daí , nos últimos 25 minutos da partida, o Vitória, apoiado pelo seu público que se mostrava empolgado, encostou o Imortal à sua baliza. Mas foi quando já ninguém acreditava que se deu o momento decisivo da partida, aos 92 minutos, quando o lateral direito Nelson Veiga, em cima do meio-campo e naqueles momentos onde o coração joga mais que a cabeça, cruzou para dentro da área no que parecia ser um cruzamento inofensivo. O guarda-redes Ituarte, que até aí tinha feito uma boa exibição, deixa a bola escapar das suas mãos directamente para a baliza, e foi a festa setubalense, com Rui Águas a dizer que se “fez justiça no resultado”.

Paco Fortes, referindo-se também a este lance, fez questão de realçar que Ituarte “provou que é um bom guarda-redes, que dá garantias à equipa do imortal, sendo traído pelo sol nesse lance”.

Em suma, o resultado justo seria o empate, pois iria penalizar a prestação fraquíssima de ambas as defesas, mas como memória do jogo vai ficar um inicio de campeonato emotivo, onde a alteração no marcador foi uma constante, onde Nelson Veiga e todos os participantes não vão esquecer “aquele” golo de 50 metros.

O destaque no Vitória de Setúbal: 

Nelson Veiga, não só pelo golo que decidiu a partida, mas por se ter mostrado inconformado no jogo todo, e embora seja um defesa, participou nas jogadas ofensivas da equipa e inclusive enviou de cabeça uma bola á trave.

João Pedro, que entrou ao intervalo e foi o grande responsável pela maior agressividade e dinâmica sadina, um jogador que esteve sempre em jogo, a  fazer uso da sua velocidade e técnica para causar embaraços à pesada e pouco móvel defesa do Imortal.

A defesa do Vitória de Setúbal, pela negativa, principalmente no centro onde Paulo Filipe e Quim nunca se entenderam, permitindo demasiadas veleidades a uma equipa do Imortal que, por norma, nunca teria tido tantas oportunidades de golo.