[ Dia 18-09-2001 ] – Barreirense trava líder Estoril e regressa às vitórias.

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Barreirense trava líder Estoril e regressa às vitórias

Depois de estar a perder, a equipa do Barreiro virou o resultado para 2-1 e infligiu a primeira derrota da temporada ao conjunto estorilista. A completar a excelente jornada das equipas do distrito que disputam a Zona Sul da II Divisão B, o Amora venceu em casa o Benfica B, por 2-1, e o Seixal ganhou em Olhão, por 2-0.

Árbitro: José Albino (Algarve)

Futebol Clube Barreirense: Paulo Renato, Farinha, Chevela, Bruno Costa (cap.), Brown, Carlos Alberto, Nuno Gaio, Monzelo, Tamandaré, Ricardo Jorge e José Pedro.

Treinador: Rui Gorriz

Jogaram ainda: Aos 61 minutos Dieb entrou para o lugar de Nuno Gaio; cindo minutos depois (66’) Tamandaré foi substituído por Melo; e aos 85 José Pedro saiu para a entrada de Semeano.

Disciplina: cartão amarelo a Chevela, aos 4 minutos, a Farinha aos 12’ e a José Pedro aos 82 minutos..

Estoril Praia: Pedro Albergaria, Vidais, Diogo, Paulinho, Del Moro, Granini, Saavedra, Rogério, Rui Sá, João Pires e Luís Pinto.

Treinador: José Morais

Jogaram ainda: Hélder Silva substituiu João Pires aos 40 minutos; aos 46 Marco Paulo entrou para o lugar de Del Moro; e aos 60 Granini foi substituído por Baltazar.

Disciplina: cartão amarelo aos 25 minutos para Rogério, aos 29 para Granini, aos 45 para Paulinho, aos 46 para Rui Sá e aos 76 para Diogo. Cartão vermelho para Rogério aos 35 minutos, por acumulação de amarelos.

O Barreirense venceu domingo (dia 16 de Setembro) o Estoril, por 2-1, no Estádio D. Manuel de Mello. A equipa do Barreiro vinha de duas jornadas sem ganhar, mas, frente ao líder da Zona Sul da II Divisão B – até então sem conhecer o sabor da derrota -, realizou uma boa exibição e voltou a mostrar que está na luta pela promoção à II Liga.

Depois de cumprido um minuto de silêncio em memória das vítimas do atentado de terça-feira (dia 11 de Setembro) nos Estados Unidos da América, as equipas lançaram-se em busca dos três pontos. Justificando o estatuto de fortes candidatos à subida de divisão, Barreirense e Estoril começaram o jogo ao ataque, sendo o conjunto da casa o primeiro a criar perigo.

Aos quatro minutos, Tamandaré a fugiu pela esquerda e isolou-se, mas no momento do remate envolveu-se com o guarda-redes Pedro Albergaria. Na sequência, a bola ressaltou de novo para os pés do avançado do Barreirense, que, para desespero da claque Brigada Relote ali a escassos metros, rematou ao poste. Logo a seguir, Ricardo Jorge furou a defesa do Estoril numa jogada individual e só não inaugurou o marcador porque Pedro Albergaria estava atento, saindo bem aos pés do adversário.

A equipa treinada por José Morais respondeu de pronto e aos sete minutos criou igualmente uma boa oportunidade de golo, através de um remate de Diogo desviado da baliza no último segundo por um defesa do Barreirense.

A partida estava animada e de parte a parte lutava-se por chegar o mais depressa possível ao golo, que acabou por acontecer aos 12 minutos. João Pires fugiu pela esquerda, entrou na área e foi rasteirado pelo lateral-direito Farinha. O árbitro José Albino não teve dúvidas e assinalou grande penalidade. Chamado à marcação, Rogério enganou Paulo Renato e colocou o Estoril em vantagem.

Apesar do golo sofrido, o Barreirense manteve a postura atacante, partindo em busca do empate. E tinham passado apenas dois minutos desde o remate de Rogério, quando, na sequência de um canto marcado por José Pedro, Tamandaré cabeceou para o fundo da baliza de Pedro Albergaria, restabelecendo a igualdade e a justiça no marcador.

Os golos trouxeram ainda mais vivacidade às duas equipas, que continuaram a praticar um futebol bonito e empolgante, com um ligeiro destaque para a equipa da casa. Em resultado disso mesmo, o Barreirense chegou ao 2-1 à passagem da primeira meia hora.

Na marcação do terceiro canto consecutivo, Nuno Gaio colocou a bola ao segundo poste, onde o capitão Bruno Costa surgiu a assistir José Pedro, que de primeira cruzou para o interior da área. O recém-contratado Brown saltou mais que a defesa contrária e, de cabeça, marcou o segundo golo do Barreirense –  o seu primeiro neste campeonato.

Sem muito mais poder fazer, o Estoril continuou à procura de mais golos, mas aos 35 minutos sofreu um decisivo golpe nas suas aspirações: Rogério rasteirou Chevela e viu o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho. O treinador José Morais, que no final lamentou o facto da expulsão ter acontecido “muito cedo”, teve então de fazer reajustamentos e ainda antes do intervalo lançou Hélder Silva para o lugar de João Pires.

Na segunda parte, a vantagem numérica do Barreirense começou a notar-se e nos primeiros dez minutos o conjunto da casa desfrutou de duas excelentes oportunidades de golo, ambas desperdiçadas pelo ponta-de-lança Tamandaré.

Com a qualidade do jogo a baixar ao ritmo do avanço do cronómetro, o Estoril, já com mais um homem de ataque em campo (João Paulo), fazia o que podia para chegar ao empate. Mas foi o Barreirense que, aproveitando o adiantamento do adversário, esteve mais perto de fazer o 3-1. Primeiro, com um remate cruzado de Ricardo Jorge (71’) e, depois, através de Carlos Alberto (75’) que, isolado frente a Pedro Albergaria, rematou fraco ao lado da baliza.

Perturbados pelos sucessivos falhanços e cada vez mais pressionados pelo Estoril, os jogadores do Barreirense acabaram por desconcentrar-se e complicar os últimos minutos do encontro. “Começámos a falhar muitos passes e a enervámo-nos. A consequência foi uma segunda parte pouco conseguida e alguma aflição no final do jogo”, reconheceu o capitão Bruno Costa, após a partida:

E este erro poderia ter custado caro à equipa de Rui Gorriz, que aos 77 minutos viu Farinha tirar um golo certo a João Paulo a escassos metros da linha de baliza, proeza imitada dez minutos depois pelo guarda-redes Paulo Renato, após remate certeiro de Baltazar. Estes dois lances deixaram frustrado o técnico estorilista, José Morais, que apesar de considerar o “resultado aceitável”, queixou-se de “alguma falta de sorte, nos minutos finais do jogo”.

O Barreirense acabou por segurar a vantagem e a segunda vitória da temporada – após duas jornadas consecutivas sem ganhar -, impondo simultaneamente a primeira derrota da época ao Estoril. Como resposta à enorme ansiedade sentida nas bancadas durante a partida, Bruno Costa fez questão de enviar um recado para os adeptos do clube: “Quero que saibam que no futebol sénior do Barreirense se trabalha de forma séria, dedicada e com muito empenhamento”.

A completar uma jornada dourada para as equipas do distrito que disputam a Zona Sul da II Divisão B, o Amora e o Seixal também venceram. Aliás, foi a primeira ronda em que as três equipas de Setúbal conquistaram os três pontos.

O Amora recebeu no Estádio da Medideira o Benfica B e ganhou por 2-1, alcançando o primeiro triunfo da temporada. Aos quatro minutos, Marco Ferreira inaugurou o marcador para a equipa amorense, mas aos 12 o benfiquista Bruno Meireles empatou o jogo. Oito minutos depois (20’) Santiago estabeleceu o resultado final.

Menos complicada foi a vitória do Seixal na deslocação ao terreno do Olhanense. O conjunto treinado por João Santos fez o 1-0 na primeira parte por Pedro Pereira II, suportou a intensa pressão do adversário e aos 79 minutos confirmou o resultado positivo, através de Adriano.

Na próxima jornada, Seixal e Barreirense protagonizam, no Estádio do Bravo, o primeiro jogo entre equipas do distrito. Na época passada o encontro terminou empatado 1-1, mas este ano Bruno Costa promete que a equipa do Barreiro “tudo fará para ganhar”.

O Amora, por seu lado, desloca-se ao complicado Estádio dos Barreiros, no Funchal, para defrontar o Marítimo B seta-1888258